Leila Toscano Pinheiro (Belém do Pará, 16 de outubro
de 1960) é uma cantora, compositora e pianista brasileira.
Filha do gaitista Altino Pinheiro iniciou-se no estudo de piano aos dez
anos, no Instituto de Iniciação Musical. Em 1974, Leila desiste das
aulas teóricas de música e passa a estudar piano com um conterrâneo, Guilherme
Coutinho, músico de talento e presença importante no cenário musical de Belém.
Em 1980, ela abandona - no segundo ano - o curso de medicina e em
outubro, estreia o primeiro espetáculo, Sinal de Partida (realizado no Theatro
da Paz, em Belém), onde estreou como cantora profissional. Em 1981, muda-se
para o Rio de Janeiro onde gravou o primeiro LP, o independente Leila
Pinheiro, produzido por Raimundo Bittencourt. Excursionou com o Zimbo
Trio em 1984, realizando uma série de espetáculos pelo exterior, mas o
sucesso veio na verdade quando ganhou o prêmio de cantora-revelação no Festival
dos Festivais (TV Globo, 1985), onde interpretou a canção Verde, que foi
classificada em terceiro lugar consecutivo e é o primeiro sucesso radiofônico.
A convite do então diretor artístico Roberto Menescal, Leila assinou
contrato com a gravadora Polygram (atualmente Universal Music). O
disco que marca a estreia nessa gravadora é Olho Nu, que lhe garantiu o
prêmio de melhor intérprete no Festival Mundial Yamaha. O álbum, muito
elogiado pela crítica especializada, obteve vendagem significativa. No ano
seguinte, recebe da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD)
o Troféu Villa-Lobos, como revelação feminina.
Colecionando muitos prêmios, a partir daí prosseguiu com mais dois
discos: Alma e principalmente Bênção Bossa Nova. Este último foi
lançado em comemoração aos trinta anos de bossa nova no Brasil.
Produzido por Roberto Menescal para o mercado japonês, o disco vendeu duzentas
mil cópias - marca jamais atingida por um disco deste gênero de música até
então. A partir daí Leila passou a ser conhecida como cantora de bossa nova,
rótulo este que seria reforçado com o lançamento do disco Isso é Bossa Nova
(1994), que marcou a estreia na gravadora EMI e foi o último a ter
versão em vinil. Nesta gravadora, também lançou Catavento e Girassol, um
tributo aos cantores e compositores Guinga e Aldir Blanc, Na Ponta da Língua
(1998), que trouxe canções inéditas de compositores novatos e Reencontro
(2000), um tributo aos cantores e compositores Ivan Lins e Gonzaguinha.
No final dos anos 90 fez espetáculos com o parceiro e amigo Ivan Lins
nos Estados Unidos e ainda um tributo a Tom Jobim realizado na casa de
espetáculos nova-iorquina Carnegie Hall. Também participou de outros
projetos especiais, tais como Tributo a Tom Jobim (Som Livre) e Sinfonia
do Rio de Janeiro, de Francis Hime. Em 1998 participou do Festival
Brazilfest, ao lado de Bebel Gilberto, Patricia Marx, Carol Saboya e do
grupo de câmara Quinteto d'Ellas, projeto que foi idealizado na concha
acústica de uma casa de espetáculos nova-iorquina, Damrosch Park, Lincoln
Center de Nova Iorque (EUA).
Em 2001 retornou à antiga gravadora, pela qual lançou o CD Mais
coisas do Brasil, o primeiro ao vivo da carreira, também rendeu o primeiro DVD.
O repertório trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções
consagradas. Transferiu-se para a independente Biscoito Fino
em 2004, onde gravou o CD Nos horizontes do mundo (2005), cujo título
provisório era Hoje - que deu título ao álbum lançado por Gal Costa. O
sucesso do álbum acabou por gerar o espetáculo homônimo, de onde veio o
trabalho mais recente da carreira: Nos horizontes do mundo - ao vivo.
Entre os méritos este conta ser o segundo disco ao vivo e DVD da
cantora, após Mais coisas do Brasil.
http://www2.uol.com.br/leilapinheiro
http://www.youtube.com/watch?v=-QDw_tXTlNk
http://www.youtube.com/watch?v=5Bx14wAu7FI&feature=related
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