Júlio Polidoro
Bio-bibliografia
Nascido em 1959, Polidoro estudou filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora, instituição onde hoje trabalha na área administrativa. Estreou poeticamente em 1979 com o livro Treze Poemas Essenciais. Depois vieram Pequenos Assaltos (1990) e Orla dos Signos (2001). Em 2004, ele reuniu sua poesia no volume Outro Sol, que inclui, além dos títulos citados, várias séries de novos poemas.
Praticante de versos enxutos, Júlio Polidoro é um "poeta magro", para usar a classificação de Manuel Bandeira. Seu lirismo tende sempre a agarrar o essencial, sem arrebatamentos, sem erguer a voz. O poeta, discreto, não parece apreciar os grandes arroubos. "O poema nasce nu", afirma. Com essa economia de recursos, ele cria a tensão do que está apenas sugerido e que parece não caber em objetos poéticos tão sucintos. Isso requer um leitor mais atento, capaz de sintonizar "a percussão do silêncio/ nos dígitos da alma".
O POEMA NASCE NU
A Jean-Paul Mestas
o poema nasce nu
púrpura ou andrajo
expande ramos
para fora
e cresce rio
que a vida colore
roto, então sublime,
o traje
não se expressa
a água
borra o texto
aderna a frase
veste a descompor
o verso derradeiro
que morre como nasce
http://juliocpolidoro.vilabol.uol.com.br
http://juliocesarpolidoro.blogspot.com
http://www.revista.agulha.nom.br/juliopolidoro.html#poema
Bio-bibliografia
Nascido em 1959, Polidoro estudou filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora, instituição onde hoje trabalha na área administrativa. Estreou poeticamente em 1979 com o livro Treze Poemas Essenciais. Depois vieram Pequenos Assaltos (1990) e Orla dos Signos (2001). Em 2004, ele reuniu sua poesia no volume Outro Sol, que inclui, além dos títulos citados, várias séries de novos poemas.
Praticante de versos enxutos, Júlio Polidoro é um "poeta magro", para usar a classificação de Manuel Bandeira. Seu lirismo tende sempre a agarrar o essencial, sem arrebatamentos, sem erguer a voz. O poeta, discreto, não parece apreciar os grandes arroubos. "O poema nasce nu", afirma. Com essa economia de recursos, ele cria a tensão do que está apenas sugerido e que parece não caber em objetos poéticos tão sucintos. Isso requer um leitor mais atento, capaz de sintonizar "a percussão do silêncio/ nos dígitos da alma".
O POEMA NASCE NU
A Jean-Paul Mestas
o poema nasce nu
púrpura ou andrajo
expande ramos
para fora
e cresce rio
que a vida colore
roto, então sublime,
o traje
não se expressa
a água
borra o texto
aderna a frase
veste a descompor
o verso derradeiro
que morre como nasce
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