Paulo Henriques Britto
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Paulo Henriques Brito (Rio de Janeiro, 1951) é um poeta, professor e tradutor brasileiro.
Estreou como poeta em 1982, com Liturgia da matéria, a que se seguiu Mínima Lírica (1989), Trovar Claro (1997), com o qual recebeu o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Fundação da Biblioteca Nacional, e Macau (2003), com o qual recebeu o prêmio Portugal Telecom de literatura brasileira.
Em 2004 lançou o livro de contos Paraísos artificiais e, mais recentemente, em 2007, lançou Tarde, seu novo livro de poemas.
Insônia
Na noite imperturbável,
infinitamente leve
a consciência se esbate,
espécie de semente
sobre um campo de neve
neve macia e negra
intensamente morna
onde o tempo se esquece
na inércia indiferente
das coisas que só dormem
onde, alheia ao mistério
de tudo ser evidente,
inteiramente encerrada
dentro do espaço exíguo
que é dado a uma semente
inútil como fruta
que não foi descascada
e apodreceu no pé,
jaz a semente aguda
profundamente acordada.
(1987)
http://www.revista.agulha.nom.br/brito.html#insonia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Paulo Henriques Brito (Rio de Janeiro, 1951) é um poeta, professor e tradutor brasileiro.
Estreou como poeta em 1982, com Liturgia da matéria, a que se seguiu Mínima Lírica (1989), Trovar Claro (1997), com o qual recebeu o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Fundação da Biblioteca Nacional, e Macau (2003), com o qual recebeu o prêmio Portugal Telecom de literatura brasileira.
Em 2004 lançou o livro de contos Paraísos artificiais e, mais recentemente, em 2007, lançou Tarde, seu novo livro de poemas.
Insônia
Na noite imperturbável,
infinitamente leve
a consciência se esbate,
espécie de semente
sobre um campo de neve
neve macia e negra
intensamente morna
onde o tempo se esquece
na inércia indiferente
das coisas que só dormem
onde, alheia ao mistério
de tudo ser evidente,
inteiramente encerrada
dentro do espaço exíguo
que é dado a uma semente
inútil como fruta
que não foi descascada
e apodreceu no pé,
jaz a semente aguda
profundamente acordada.
(1987)
http://www.revista.agulha.nom.br/brito.html#insonia
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