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giovedì 30 giugno 2011

Eduardo Costa


Para muita gente, um DVD é apenas um disco como qualquer outro, lançado anualmente e trazendo como detalhe extra as imagens. Não é o que pensa Eduardo Costa. Tanto é assim que ele preferiu esperar a hora certa para lançar seu segundo DVD - o primeiro pela Sony Music -, mesmo diante de insistentes pedidos dos fãs, que não esqueceram as emoções do primeiro, gravado há quatro anos em Belo Horizonte. Desta vez, porém, a surpresa deverá ser ainda maior. Além de um feixe de canções escolhidas a dedo - são 27 no DVD, cinco delas novinhas em folha -, ele fez questão que todas viessem com um tratamento que compensasse, em sonoridade e imagem, a ansiedade de seu público.

Prova disso é que o DVD De Pele, Alma E Coração, gravado em outubro no Credicard Hall diante de um público de mais de 4 mil pessoas, vem apoiado na mais moderna tecnologia, que remete à usada por astros internacionais como Celine Dion, Elton John e U2, apenas para citar alguns exemplos. "Assisti a DVDs que são referência para o mundo inteiro para trazer aos meus fãs algo diferente, que não lembrasse nenhum já visto por aqui, seja sertanejo ou de outros gêneros", diz Eduardo, que participou de cada detalhe da gravação, a sair também nos formatos CD e Blu-ray. Para atingir o grau de excelência pretendido por Eduardo, foram usados 112 moving lights na iluminação e mais de 200 metros quadrados de painéis de LED que integram o piso e outras partes da estrutura ao espetáculo. Com isso, cada centímetro do palco ganhou vida para quase materializar as histórias das canções, boa parte delas tirada do sétimo e oitavo CD do artista.

O projeto visual do DVD é assinado pelo lighting designer argentino Guillermo Herrero, o mesmo que cuida dos shows de estrada de Eduardo. "Este é o show da turnê com a qual venho correndo o Brasil, porém sem as músicas que estavam no meu DVD anterior". A concepção avançada a que se refere Eduardo começa a se evidenciar antes mesmo que seja iniciado o show propriamente dito. Como num filme, o ídolo aparece decolando de Belo Horizonte, dirigindo pelas ruas de Sampa, até despontar triunfalmente no palco do Credicard Hall. Mas é a partir dos acordes da primeira canção, "Cada Dia Eu Te Quero Mais" (Cesar Augusto / Piska), que a platéia vai sendo surpreendida ainda mais, com o cenário futurista da abertura. Os recursos visuais valorizam ainda mais "Pé de Macaco" (Eduardo Costa), um forró inédito que, aproveitando uma expressão no interior para coisas ou pessoas fora de esquadro, tem o mesmo bom humor que marca outros gravados pelo cantor. Já em "Ela Saiu À Francesa" (Eduardo Costa/ Daniel Silveira/ Ronaldo Cezário), outra das novas do DVD, a letra vai sendo escrita em um livro que surge no telão de LED, fazendo valer a trama de amor descrita na música. A novidade que já vem dando o que falar (e cantar, claro) é "Quem É" (Rafael), escolhida para puxar o álbum nas rádios. "Enquanto as músicas de hoje estão chamando a mulher de cachorra, de bandida, aqui eu a trato com o carinho que ela merece. É um samba romântico com cavaquinho, pandeiro e tudo o mais, como manda o figurino", diz Eduardo Costa. Por falar em batuque, o músico fez questão de, em outro momento, chamar para cantar com ele alguém que entende como poucos do riscado. Trata-se de Belo, que transforma em samba dolente a parte que lhe cabe de "1º de Abril" (Carlos Randall/ Serginho Pinheiro/ Joel Marques).

Outra convidada especial é Paula Fernandes, cuja voz doce e afinada dá nova roupagem a "Meu Grito De Amor/ My Shout of Love" (César Augusto). Aqui, o palco é tomado por borboletas, que reforçam o romantismo da balada. "Ponto Final" (Eduardo Costa/ Breno Barreto), cantada com Alex e Konrado, "Diz Que É Mentira" (Eduardo Costa) e "Tomara a Deus" (Eduardo Costa) fecham o pacote de inéditas. Entre as releituras do DVD estão "Amor Distante" (Mauricio / Maurozinho) e "Lembranças" (José Fortuna), em que o artista abraça sua inseparável viola. Há ainda "Vontade Dividida" (Ronery/José Raimundo), gravada antes por Milionário e José Rico, ?Meu Universo É Você? (Nando/ Ricardo Feghali) e ?Volta Pra Mim? (Cleberson Horsth / Ricardo Feghali), do Roupa Nova que surgem em uma versão dançante, e ?Nem Dormindo Consigo Te Esquecer? (César Augusto), sucesso original de Gian e Giovani. Claro que não poderiam faltar no repertório hits consagrados pelo próprio Eduardo em seus próprios CDs. É o caso de "Eu Aposto" (César Augusto/ Cláudio Noam/ Eduardo Costa), "Cachaceiro" (Eduardo Costa/Alex/Chico Amado) e "Não Valeu Pra Você" (César Augusto/Cláudio Noam). O título do DVD, De Pele, Alma E Coração (Carlos Randall/Danymar), foi inspirado em uma canção pinçada do quarto CD do cantor.

Donizete Costa, Fevereiro 2011

http://www.vagalume.com.br/eduardo-costa/biografia/#ixzz1QieucMKu



http://www.cantoreduardocosta.com.br


http://youtu.be/gUkRqSnUO_I











EDUARDO COSTA - AMOR DE UM VIOLEIRO por weltonrodrigues504 no Videolog.tv.

lunedì 27 giugno 2011

Eduardo Araújo


.`¤.¸¤´҉ ҉ ҉ ҉ ҉ Eduardo Araújo


EDUARDO ARAÚJO nasceu na fazenda Aliança no norte de Minas Gerais. Desde cedo acostumado a lidar com o gado, os cavalos e as plantações. Seu pai Lídio Araújo é uma lenda na região. Foi um grande desbravador e criador de animais de diversas raças. Entre eles os cavalos: Mangalarga Marchador, Campolina, Piquira, Pôneis, Persas e Jumentos Pêga. Entre os bovinos criava o Gado Junqueira e o famoso Gado Mocho, que ele próprio selecionou em suas fazendas.

Desde cedo, EDUARDO demonstrou uma grande paixão pelos cavalos e pela vida da fazenda. Passou sua infância brincando pelos lindos campos do lugar e se ligando a toda aquela beleza da natureza selvagem. Vivia assoviando as músicas de Luiz Gonzaga e Pedro Raimundo.
Sua veia músical sempre o acompanhou, misturada a sua paixão pelos cavalos e pelo campo, tanto que seu pai, ao lhe perguntarem para que dariam os filhos, apontando para EDUARDO, disse: "Esse só vai dar para cantor de rádio".



Quando chegou a hora de ir para escola, sua região era muito afastada dos grandes centros, portanto desprovida de bons colégios. Ele e seus irmãos, vão estudar internos em Jaguaquara na Bahia, e mais tarde em Belo Horizonte, no Colégio Batista Mineiro.

Não tendo mais cavalos, desenvolveu e colocou toda sua criatividade na música.

No Brasil pela televisão, em 1958 começava-se a tomar conhecimento do mundo, e começava a acontecer o ROCK.

Bill Halley e Seus Cometas, vieram ao Brasil e enlouqueceram os jovens. Como não podia deixar de ser, EDUARDO aderiu aos primeiros movimentos do Rock Brasileiro.

Participando de horas dançantes, cantando Rock nas esquinas e andando de lambreta, ficou conhecido nas rodas jovens de Belo Horizonte, como legítimo representante da chamada "Juventude Transviada". Logo estava nas Rádios e na TV.

Certa vez, tendo podido "escapar" até o Rio de Janeiro, procurou Jair de Taumatrgo, que assim que o ouviu, imediatamente o levou para o programa de maior audiência entre a juventude: " Hoje é dia de Rock ". Seu sucesso foi tanto que a gravadora Phillips o contratou para o seu primeiro disco. Tendo tido um relativo sucesso entre os jovens, chegou a vez de conhecer Carlos Imperial, futuramente seu grande amigo e parceiro músical, que lhe deu a maior força e o levou para fazer parte do "Clube do Rock". Eram seus colegas de "clube" na Época: Erasmo Carlos, Tim Maia, Roberto Carlos, Wilson Simonal, Jorge Ben, Renato e Seus Blue Caps, entre outros.

Tudo ia bem, mas volta e meia lhe batia uma saudade da fazenda, e EDUARDO deixava tudo, e o que é pior, esquecia de voltar. Mas os outros começaram a furar o bloqueio do preconceito que existia nas emissoras de Rádio contra o Rock, e a Jovem Guarda aconteceu.

Carlos Imperial mandou buscá-lo e tudo começou novamente. Contratado pela ODEON gravou de Carlos Imperial "O BOM", que ficou em primeiro lugar em todas as paradas de sucesso, tanto que foi contratado pela TV EXCELSIOR para comandar um programa com este nome "O BOM" (que ficou sendo seu codinome para sempre), com produção de Carlos Imperial.

Tendo Silvinha (sua esposa) como parceira na apresentação e a banda jovem do maestro Peruzzi (que teve grande influência em sua carreira e sucesso pelos notáveis arranjos), o programa foi líder absoluto de audiência e lotava o auditório nas tardes de sábado em São Paulo. Desde aqueles tempos, EDUARDO ARAÚJO se preocupava com a qualidade de seus espetáculos, com uma aparelhagem moderníssima e uma grande parafern‡lia de iluminação, com tudo importado, partia numa caravana para excursionar por todo o Brasil.

A partir daí EDUARDO passou a organizar a sua vida, foi abandonando os shows em excesso, preocupando-se mais com seu estúdio de gravação de ótima qualidade e mixando seus discos nos EUA. Organizou o que sempre gostou de fazer: seu amor pelos cavalos.



FASE COUNTRY MUSIC

EDUARDO ARAÚJO cansado de tantas excursões por todo o Brasil, resolveu dar um tempo, vendeu todo o seu aparato de som, luz, onibus e um estúdio de gravação e voltou a se dedicar somente a sua fazenda em Minas Gerais pensando em nunca mais voltar a sua carreira artística. Cantar somente quando sentisse vontade. Em todas as exposições de cavalos por todo o Brasil lá sempre se encontrava EDUARDO ARAÚJO, não mais para cantar, mas sim para expor os seus cavalos.

Foi então que a pedido de seus amigos, compôs uma canção em homenagem ao Mangalarga Marchador que posteriormente, devido ao sucesso, foi oficializado como o hino desta raça tão nobre criada no Brasil. Bastou esta música fazer sucesso, e tudo começou novamente.

Em 1988 gravou o seu primeiro disco de músicas Country com uma produção de seu amigo Renato Teixeira (Seu nome era "UM HOMEM CHAMADO CAVALO"). Daí até hoje travou uma verdadeira batalha para tentar furar o bloqueio, gravando mais dois discos: "Pé NA ESTRADA" (Título inclusive de um programa no SBT que era apresentado por ele aos domingos) totalmente independente. Chegou a vender 40.000 cópias. Logo em seguida veio o seu terceiro trabalho: o CD "PEGADAS", com a produção de Odilon Wagner, considerado por ele o melhor de seus trabalhos.

Em 1997 Gravou o disco "Pó de Guaraná" em New Jersey nos Estados Unidos. Este disco contou com participações especiais ilustres como a de (nada mais nada menos) EDGAR WINTER (em 2 faixas) e da banda Dr.Sin (todas as faixas). A produção ficou a cargo de Roy Ciccala que já trabalhou com John Lennon, Aerosmith, AC/DC entre outras.

Em 2000, EDUARDO ARAÚJO recebe um convite muito especial, A dupla norte-americana de sucesso mundial THE BELLAMY BROTHERS o convidad para uma participação especial na música "Vertical Expression" do disco "The Lonely Planet" dos Bellamy Brothers. Eduardo aceita na hora. A música é lançada em toda a Europa e Estados Unidos. Mais tarde Eduardo vôa para a cidade de Albuquerque nos Estados Unidos, para gravar o video-clip da música ao lado dos Bellamys. O vidêo chega a primeiro lugar na CMT Brasil e ganha o prêmio "CMT Encontro do Ano".

Ainda em 2000, é lançado pela Number One Record o cd "A AVENTURA NÃO TERMINA", o carro chefe do disco é o hit "Rodeio". A música conta com um bélissimo video-clip dirigido por Giuliano Saad. A segunda música de trabalho é um dueto de EDUARDO ARAÚJO com o norte-americano Gene Fireball, "Segura que Esse Touro é Bom" (versão de "Proud Mary" do Creedance Clearwater Revival).


http://www.eduardoaraujo.com.br


sabato 25 giugno 2011

Edu Lobo


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por Zuza Homem de Mello
para a Enciclopédia da Música Brasileira
© 1998 Publifolha
Eduardo de Góes Lobo - compositor, instrumentista, arranjador e cantor.
Nascido no Rio de Janeiro, RJ, em 29/08/43.

Filho do compositor Fernando Lobo, foi criado no Rio de Janeiro e na casa dos tios, em Recife, PE, onde passava as férias escolares. Seu primeiro instrumento foi o acordeon, que estudou dos oito aos 14 anos. Fez os cursos ginasial e colegial no Colégio Santo Inácio, e por essa época já tentava algumas composições.

Na PUC cursou Direito até o terceiro ano. Com 16 anos começou a se interessar pelo violão, iniciando-se com um amigo de infância, o compositor Theo de Barros, e estudando teoria musical, mais tarde, com Wilma Graça. Por volta de 1961, passou a frequentar shows, principalmente no Beco das Garrafas, em Copacabana, onde assistia a espetáculos dos representantes da nova geração musical, entre os quais João Gilberto, Sergio Mendes, e Luis Eça (do Tamba Trio). No ano ano de 1961, conheceu o poeta Vinicius de Moraes que fez a letra para Só me fez bem, gravada em 1967 no LP Edu-Betânia, da Elenco. Nessa época, com Dori Caymmi e Marcos Valle formou um conjunto que chegou a atuar em programas de TV e em shows.

Seu pai incentivou-o a gravar o seu primeiro disco, um compacto duplo com quatro músicas de sua autoria, bem dentro do estilo intimista característico da bossa nova, cuja contracapa foi escrita por Vinicius, seu novo e importante parceiro.

Logo ampliou seu trabalho com temas e motives da cultura popular, graças à influência de Sergio Ricardo, João do Vale, Carlos Lyra e principalmente Rui Guerra, seu parceiro em Canção da terra, Reza e Aleluia, canções representativas dessa nova fase de criação, marcada por seu conteúdo social. Começando a compor para teatro, escreveu em 1963 as músicas para a peça Os Azeredos mais os Benevides, de Oduvaldo Viana Filho.

Entre elas a canção Chegança (com letra de Oduvaldo Viana Filho) alcançou grande sucesso. Outro êxito Borandá (letra e música de Edu), foi incluído na peça teatral Opinião, musical de protesto estreado no Rio de Janeiro em 1964. Ainda nesse ano, escreveu músicas para O Berço do Herói, peça teatral de Dias Gomes, e foi convidado por Gianfranceso Guarnieri para participar da realização de um musical cuja idéia nascera da canção Zambi, (com Vinicius de Moraes). Em maio de 1965 estreou no Teatro de Arena, em São Paulo SP, Arena conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, musicada por ele.

Entre as canções do espetáculo, Upa Neguinho, com Guarnieri tornou-se mais tarde um grande sucesso, cantado por Elis Regina. Em abril desse ano, inscreveu-se no I FMPB, da TV Excelsior de São Paulo, com duas músicas, Aleluia (com Rui Guerra) e Arrastão (com Vinicius de Moraes), ambas já gravadas em LP da Elenco, cuja distribuição foi adiada para que ficassem inéditas até o festival. Interpretada por Elis Regina, Arrastão foi a vencedora, projetando nacionalmente o compositor, já definido como um dos mais importantes da geração posterior ao surgimento da bossa-nova. Ainda em 1965, apresentou-se ao lado de Nara Leão, do Tamba Trio e do Quinteto Villa-Lobos na boate carioca Zum-Zum, em show dirigido por Aloysio de Oliveira.

Contratado pela TV Record de São Paulo, passou a atuar semanalmente em porogramas dessa emissora em 1966 participou novamente de festivais: no II FMPB apresentou Jogo de Roda (com Rui Guerra) e no L FIC, da TV Globo, Rio de Janeiro, concorreu com Canto Triste (com Vinicius de Moraes), interpretada por Elis Regina e classificada entre as finalistas. Nesse ano, excursionou pela Europa com outros artistas, entre os quais Sylvia Telles e o Salvador Trio, tendo o grupo gravado um disco então na República Federal da Alemanha. No Brasil, em 1967, depois de quatro meses em Paris, onde fez um filme para a televisão e compôs a trilha do filme Valmy, de Jean Chérasse, voltou a participar de festivais, no Brasil, saindo vencedor do III FMPB com Ponteio (com Capinan), interpretada por ele e Marília Medalha. No ano seguinte, saiu o seu terceiro LP pela Philips, destacando o frevo canção No cordão da saideira. Em seguida, compos algumas canções para a peça teatral Marta Saré, de Gianfrancesco Guarnieri que estreou em 1969, no Teatro João Caetano, No Rio de Janeiro. No início de 1969, participou do MIDEM, em Cannes, França. De volta ao Brasil, depois de uma passagem por Nova York e por Los Angeles, E.U.A., em abril do mesmo ano casou-se com Vanda Sá e, partindo em seguida para Los Angeles, onde residiu por dois anos. Aí se dedicou ao estudo sistemático da música, fazendo cursos de orquestracão com Albert Harris e de música para cinema, com Lalo Schiffrin.

Nesse período, excursionou pelo Japão, com Sergio Mendes, que também produziu o LP Lobo, gravado em 1971 em Los Angeles e lançado pela A&M Records. Gravou ainda com Paul Desmond, saxofonista do Dave Brubeck Quartet, o LP From the hot afternoon, com composições suas e de Milton Nascimento. Dentre os discos feitos nos E.U.A., apenas o LP Cantiga de Longe foi editado no Brasil, trazendo a participação de Hermeto Paschoal, Airto Moreira, Claudio Slon e Vanda Sá, que reapareceu como intérprete na canção Agua Verde (de sua autoria). De volta ao Brasil, em 1971, trabalhou pricipalmente como orquestrador e compositor de trilhas musicais. Criou a trilha sonora do filme de Miguel Borges O Barão Otelo no barato dos bilhões, de Miguel Borges. Compôs e realizou orquestracões para a peça teatral Woyzec, Georg Büchner. Fez orquestracões e arranjos para um disco de Marília Medalha e Vinicius de Moraes, e em 1973 lançou o LP Edu Lobo (EMI) com músicas inéditas, inclusive uma missa. Ainda em 1973 trabalhou nas orquestrações das músicas de Calabar, ou O elogio da traição, peca teatral de Chico Buarque e Rui Guerra, algumas das quais foram lançadas em 1974 no LP Chico canta.

Em 1974 e 1975 atuou como orquestrador contratatdo da TV Globo, tendo sido responsável pela trilha musical de 12 programas da série Casos Especiais. Em 1975 compôs, com Vinicius de Moraes, a trilha Sonora do musical Deus lhe Pague, de Joracy Camargo, com adaptação de Millôr Fernandes e lançou em seguida o LP das canções dessa peça pela EMI, com produção de Aloysio de Oliveira.

No ano seguinte, pela Continental, lançou o LP Limite das águas. Em 1977 fez tourné por toda a Alemanha promovendo Limite das Águas, lançado no exterior pela gravadora MPS.

Um ano depois gravou o LP Camaleão, lançado no Brasil e no Japão, onde, pela primeira vez, interpretou, com letra de Ferreira Gullar, O Trenzinho do Caipira de Heitor Villa-Lobos (adaptado e orquestrado por ele e por Dori Caymmi). Em 1979 compôs a trilha sonora do filme Barra Pesada de Reginaldo Farias, ganhando prêmio no Festival de Gramado RS. Em 1980, após lançar o LP Tempo Presente, pela Polygram, escreveu e compos o balé Jogos de Dança para o teatro Guaíra de Curitiba PR, lançado em disco no ano seguinte pela Som Livre. Em 1981, em parceria com Tom Jobim lançou o LP Edu&Tom, Tom&Edu produzido por Aloysio de Oliveira. Em 1983, em parceria com Chico Buarque, compôs trilha sonora para o balé O Grande Circo Místico, adaptação de Naum Alves de Souza do poema homônimo de Jorge de Lima e que daria origem aum LP lançado pela Som Livre com a participacão de Gal Costa, Tom Jobim, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Tim Maia e Zizi Possi, entre outros. As orquestrações foram feitas, com a colaboração do autor, pelo maestro Chico De Moraes.

A parceria com Chico Buarque se repetiria com O Corsário do Rei, de Augusto Boal, de 1985 e Dança da Meia-Lua, com roteiro de Chico Buarque e Ferreira Gullar, ambos lançados em disco pela Som Livre. Em 1984 escreveu a trilha sonora do filme O Cavalinho Azul, de Eduardo Escorel e Imagens do Inconsciente, de Leon Hirszman. Compôs em 1990 a trilha sonora do programa infantil Rá-Tim-Bum, da TV Cultura de São Paulo, lançado posteriormente em CD pela Eldorado. Este disco ganhou dois prêmios Sharp.

Em 1992 voltou a apresentar espetáculos, obtendo grande repercussão, o que o levou a gravar um novo disco de intérprete: Corrupião, lançado em CD pela gravadora Velas.

Em 1994 recebeu o Prêmio Shell de melhor compositor de música brasileira, pelo conjunto da obra. Lançou em 1995 o CD Meia-Noite, com cordas orquestradas por Cristóvão Bastos, que traz um chôro instrumental em homenagem a Tom Jobim: Perambulando. O disco recebeu o prêmio Sharp como melhor disco de música popular brasileira. Neste ano, foi lançado o CD Songbook Edu Lobo (duplo), bem como o Songbook, livro de partituras manuscritas pelo próprio Edu, ambos pela editora e gravadora Lumiar, de Almir Chediak. Em 1997 compôs a trilha sonora para o filme Guerra de Canudos, de Sergio Resende, cuja canção-tema tinha letra de Cacaso. Neste mesmo ano ano lança pela gravadora BMG o CD Album de Teatro, com canções em parceria com Chico Buarque. Dedica-se ao estudo de programas de música no computador e começa a preparar um novo Songbook, bem mais completo, com aproximadamente 120 músicas, projeto ainda a ser concluído.

Em 2001 retoma a parceria com Chico Buarque, compondo as canções da peça teatral Cambaio, de João Falcão e Adriana Falcão. Em seguida produz o CD homônimo, para a gravadora BMG com a participação de Zizi Possi e Gal Costa dividindo a interpretação das canções com Chico Buarque, com orquestrações de Chico de Moraes. Este disco viria a receber, em 2002 o Grammy Latino de melhor CD de música brasileira.

Ainda em 2001 compôs a trilha sonora, com orquestrações de Nelson Ayres do filme "O Xangô de Baker Street", de Miguel Faria, baseado em livro de Jô Soares. Em seguida viaja para Israel e participa com Nelson Ayres e Jane Duboc de um concerto de música brasileira, (Sounds of Brazil) com a Orquestra Filarmônica de Israel, no dia 15 de maio de 2001 no Frederic R. Mann Auditorium, em Tel-Aviv.



http://www.edulobo.com/biografia.shtml

http://www.edulobo.com.br/site_eng/site.html


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giovedì 23 giugno 2011

Edson Wander


Edson Wander, nome artístico de Edson de Araújo Cavalcanti Filho (Recife, 1945) é um cantor brasileiro.

Edson começou a cantar muito cedo, ainda criança, influenciado por nomes como Vicente Celestino e Orlando Silva. Porém tudo mudou quando ouviu o recém-lançado "É Proibido Fumar", terceiro disco de Roberto Carlos, e resolveu investir na carreira de Rock 'N' Roll. Inicou sua carreira profissional em 1966, no Rio de Janeiro, apadrinhado pelo cantor Wanderley Cardoso (o sobrenome artístico Wander vem de Wanderley, uma sugestão do também cantor Luís Fabiano). Fez sucesso com as músicas "Tu", "Jovem Triste", "Areia No Meu Caminho", entre outras do seu primeiro disco, "Canto Ao Canto de Edson Wander"(selo Copacabana Discos, 1968). Lançou quatro discos entre 1968 e 1988, além de quatorze compactos, entre 1966 e 1985. Posteriormente, em 1995, começou a gravar CDs independentemente, tendo seis discos lançados, sendo cinco no estilo Brega, um de canções Evangélicas e uma coletânea. Conheceu a grande maioria dos músicos brasileiros da década de 60/70, e foi amigo de Raul Seixas, Tim Maia, Fábio, Sérgio Sampaio e Edy Star. Conheceu Jimmy Cliff, Janis Joplin e ainda lançou Sandrá de Sá no mercado musical.

Fase Psicodélica. Em 1976 lançou sua primeira obra psicodélica mesmo aproveitando tardemente um movimento que teve seu auge no final dos anos 60 ele conseguiu nos surpreender mais uma vez ele conseguiu demonstrar extrema versatilidade vocal e músical utilizando o que havia de mais moderno na época em termos de tecnologia, o álbum por não se tratar de nada muito comercial encalhou nas lojas mas se tornou item de colecionador dos amantes do rock 'n' roll.

Edson mora atualmente em Maceió, sempre comparece aos encontros da Jovem Guarda e continua fazendo shows, agora também no estilo brega por questões financeiras mas sempre deixando evidente que sua veia e amor musical é pelo rock 'n' roll.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Edson_Wander


http://youtu.be/A1ck5FhFa-g

http://youtu.be/hTC0fOODoHM


http://youtu.be/K001oJBznyo

giovedì 16 giugno 2011

Edson Gomes


Nascido em Cachoeira, a 120 km de Salvador, Edson Gomes pensava em ser um craque de futebol. Aos 16 anos, porém, a tendência musical foi mais forte e ele abraçou a carreira artística, ao ganhar o 1º lugar em um festival estudantil do colégio estadual de sua cidade natal. A música era "Todos Devem Carregar Sua Cruz". As dificuldades do inicio da carreira fazem o jovem Edson Gomes abandonar os estudos e lançar-se no mercado de trabalho.

Edson parte para São Paulo em 1982 e se emprega no setor de construção civil. Paralelamente, o cantor tece seu caminho musical: grava um compacto simples, como melhor intérprete do Festival Canta Bahia, e um outro pelo Troféu Caymmi, quando ganhou com a musica "Rasta".

Seis anos depois, em 1988, gravou o disco Reggae e Resistência, de onde saiu seu primeiro hit nacional: a romântica "Samarina". Nesse trabalho já estava delineado seu estilo: um roots reggae engajado, profundamente inspirado por Bob Marley e Jimmy Cliff. Foi o primeiro disco lançado pela EMI (Electric and Musical Industries Ltd).

Em 1990, lança seu segundo disco, Recôncavo. Em 1992, sai o terceiro LP, Campo de Batalha. O sucesso se espalha pelo Nordeste e pelo Brasil. Em 1996, Edson abre o show de Alpha Blondy em Salvador, realizado no Costa Verde Tênis Clube, onde tocou para quase 22.000 pessoas que cantaram suas musicas. Foi o maior evento de reggae do ano na Bahia.

O quarto disco, Resgate fatal, chega em 95, com sucesso absoluto de vendas e de rádios, emplacando a canção "Isaac". Apocalipse, lançado em 1999, traz músicas contundentes como "Camelô" (Edson Gomes / Zé Paulo Oliveira), "O País É Culpado" e "Apocalipse" (também do autor); porém, Edson explora seu lado romântico em canções como "Perdido de Amor" (que chegou a ser gravada pela Timbalada), "Amor Sem Compromisso", "Me Abrace" e outras. Seu mais recente álbum foi lançado no ano de 2001 e se chama Acorde, Levante e Lute.

No mesmo ano de 1999, Edson deixa a gravadora EMI, que resgata os sucessos antigos do reggaemen, lançando-os na coletânea dupla Meus Momentos, com grande aceitação do público.

O cantor tem uma legião fiel de seguidores, devido aos dramas sociais do cotidiano, embora não tenha uma grande fama nacional, devido a suas críticas a vários setores da sociedade. Em 2001, lançou seu primeiro disco independente, Acorde, Levante e Lute.

Seu trabalho mais recente é Ao Vivo em Salvador, seu primeiro CD e DVD ao vivo, registro de um show no parque aquático Wet and Wild de Salvador, Bahia, em dezembro de 2005.[1]

DiscografiaReggae Resistência (1988)
Recôncavo (1990)
Campo de Batalha (1992)
Resgate Fatal (1995)
Meus Momentos (Coletânea) (1997)
Apocalipse (1999)
Série Bis (Coletânea) (2000)
Acorde, Levante e Lute (2001)
Ao Vivo em Salvador (2006, CD e DVD ao vivo).
Referências1.↑ http://www.kriativus.com/reggaewave/edson_gomes.htm
E, Nos Anos de 2010 e 2011 se aliou ao Filho,Isaac Gomes que faz Shows por todo o Brasil. E uma das musicas de lançamento do Seu filho Isaac, é Negro Real.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Edson_Gomes

http://youtu.be/iW7z0Iw6bW0

http://youtu.be/W6vGXbdfvf0

martedì 14 giugno 2011

Edson Cordeiro



Edson Cordeiro nasceu em Santo André SP, em 9 de Dezembro de 1967. Filho de um mecânico e de uma bordadeira, passou a infância em sua cidade natal, e dos seis aos 16 anos cantou no coro da igreja evangélica freqüentada por seus pais. Fez teatro infantil e, em 1983, participou da ópera-rock Amapola, de Miguel Briamonte, que mais tarde seria diretor musical de seus discos. Em 1988 foi ator e cantor na terceira montagem brasileira da ópera-rock Hair! (Gerome Ragni, James Rado e Galt McDermot), dirigida por Antônio Abujamra. No ano seguinte, atuou na montagem de O doente imaginário, de Molière (Jean-Baptiste Poquelin, 1622-1673), dirigida por Cacá Rosset. Com essa peça, viajou pela Europa, EUA, México e América Central. Seu primeiro show solo aconteceu em agosto de 1990, na Mistura Up do Rio de Janeiro. O sucesso foi imediato, e ele passou a ser disputado por varias gravadoras. Suas distinções são o timbre vocal de contratenor (voz masculina aguda, com o mesmo alcance do soprano feminino) e o repertório eclético, que inclui autores tão diversos como Noel Rosa, Janis Joplin, Rolling Stones e Wolfgang Amadeus Mozart. Gravou pela Sony os CDs Edson Cordeiro (1991), Edson Cordeiro (1994) e Terceiro sinal (1996), que inclui uma interpretação cool de Bidu Saião e o canto de cristal, samba-enredo da escola de samba Beija-Flor (1996) e Ave Maria (Vicente Paiva e Jaime Redondo), do repertório de Dalva de Oliveira. Em 1994 e 1995, fez tourneés de sucesso em vários países da Europa.
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha


http://www.edsoncordeiro.com


http://youtu.be/AmGeSM-xt1s

http://youtu.be/OFA_yAc_870


it´s a nightlife - Edson Cordeiro por Half_Note_Jazz_Club

lunedì 13 giugno 2011

Ednardo


Ednardo é o nome artístico do cantor e compositor brasileiro, nascido no Ceará, José Ednardo Soares Costa Sousa (Fortaleza, 17 de abril de 1945).

[editar] BiografiaIniciou a carreira na década de 1970 ao lado de seus conterrâneos Fagner, Belchior e Amelinha. Ednardo é compositor e autor de mais de trezentas e cinquenta obras e canções[carece de fontes?], entre as quais a canção "Pavão Mysterioso", tema da novela Saramandaia. Letra e música composta no tempo da repressão e ditadura militar no Brasil. Gravada em 1974, o grande público teve conhecimento em 1976, após a música ser incluida como abertura da novela "Saramandaia". Esta música possui mais de 20 regravações, é considerada sagrada pelos índios do Xingu nos rituais religiosos, tem regravações na Europa orquestrada por Paul Mauriat; por grupos chilenos (Inti-Aymará e Nacha), por Elba Ramalho, Ney Matogrosso, por bandas de rock e maracatu, e muitos outros.[carece de fontes?] A composição seria mais tarde adotada como hino do orgulho GLS[carece de fontes?]. Também usada por outros tantos como hino à liberdade, a beleza humana e sua capacidade de realizar a vida acima das aparentes impossibilidades. Todos estes fatos ampliam a música em todos parâmetros e a coloca como uma das fundamentais na obra de Ednardo, junto a outras, tais como: "Terral", "Ingazeiras", "Beira-Mar", "Artigo 26", "Enquanto Engoma a Calça", "Longarinas", "Ímã", "A Manga Rosa", "Flora", "Carneiro" etc, formando um precioso conjunto de obras deste artista.

Ednardo é casado com Rosane Limaverde com quem tem quatro filhos: Joana Limaverde, Julia Limaverde, Gabriel Limaverde e Daniel Limaverde.

Discografia

Álbuns solo1974 - O Romance do Pavão Mysteriozo
1976 - Berro
1977 - O Azul e o Encarnado
1978 - Cauim
1979 - Ednardo
1980 - Ímã
1982 - Terra da Luz
1983 - Ednardo
1985 - Libertree
2000 - Única Pessoa
[editar] Álbuns em colaboração1973 - Meu Corpo Minha Embalagem Todo Gasto na Viagem - Pessoal do Ceará (com Rodger Rogério e Teti)
1987 - Terramérica - Arapuê - (com Terramérica
1993 - Lauro Maia 80 Anos - (com vários intérpretes)
1995 - Sirano - Cabra Namorador (com vários intérpretes)
1997 - Jóia de Jade - Karla Karenina
1998 - Litoral - Régis e Rogério (com Régis Soares e Rogério Soares
1980 - Massafeira (com vários intérpretes)
2001 - Graco Silvio - Kizumba Mass (com vários intérpretes)
2002 - Pessoal do Ceará (com Belchior e Amelinha)
2003 - Memória das Águas (com vários intérpretes)
2003 - Nonato Luiz - Canções (com vários intérpretes)
2009 - Ubiratan Aguiar - Sina do Cabra da Peste (com vários intérpretes)
Trilhas sonoras1994 - O Calor da Pele (Trilha de Cinema)
1991 - Ceará Quatro Estações (Vídeo)
1987 - Luzia Homem (Trilha de Cinema)
1985 - Tigipió (Trilha de Cinema)
1982 - Ednardo Especial (Vídeo)
1980 - PUTZ, A Menina que Buscava o Sol (Trilha de Teatro)
1978 - Cauim (Trilha de Cinema)
1976 - Cidade dos Artesões (Trilha de Teatro)


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ednardo

http://youtu.be/EZsU0rej718

http://youtu.be/psnNRnAW9vY


PAVÃO MISTERIOSO - EDNARDO por vapsusa2009

domenica 12 giugno 2011

Edith Veiga


Edith Veiga - Biografia
Nascida em Juquiá, interior de São Paulo, no dia 15 de fevereiro, Edith Veiga passou uma infância simples, mas sempre cercada de muita música, por conta de seu maior desejo: ser cantora.

Aos 15 anos, com a morte do pai, mudou-se com a família para São Paulo e, trabalhando como demonstradora de artigos eletrodomésticos ou cabeleireira, nas horas de folga começou a freqüentar e participar de quase todos os programas de calouros da época, tais como O telefone está chamando e A Hora do Pato. No entanto, só em 1961, com o segundo lugar alcançado no famoso concurso “A Voz de Ouro ABC”, líder de audiência da TV Record – Canal 7, defendendo o samba-canção Castigo (Dolores Duran), as portas para a sua carreira artística foram definitivamente abertas.

Nessa ocasião, Palmeira (da dupla sertaneja Palmeira e Biá) que era diretor da gravadora Chantecler, acompanhando pela tv, encantou-se com o timbre impressionante da moça e contratou-a para a gravação de um bolero que acabou se tornando um dos maiores sucessos, senão o maior daquele ano: Faz-me Rir (versão de Teixeira Filho para Me Dá Risa, de autoria da dupla chilena Yone e Arias).

O lançamento aconteceu no formato 78 rotações e tinha do outro lado a versão Nunca aos Domingos (Never on Sunday), que mesmo com o sucesso estrondoso de Faz-Me Rir, acabou sendo bem executada. No total foram 500 mil discos vendidos.

No mesmo ano, a Chantecler lançou o primeiro LP de Edith, “Faz-Me Rir e Outros Sucessos” e mais gravações acabaram entrando para as paradas, entre elas Rumores, De Quem Estás Enamorado e Inveja – todas versões de boleros de sucesso da época. Por conta de todo esse “estouro”, Edith ganhou os principais troféus, inclusive os cobiçados Roquete Pinto e Chico Viola, todos na categoria de Melhor Revelação.

No ano seguinte, lançou o LP “Sozinha”. De lá, saíram sucessos como Acho Graça e a faixa-titulo, que foi tema de uma novela da TV Tupi, chamada “A canção que a noite levou” da qual Edith chegou a participar, ao lado de Hugo Santana.

Em 1963, no auge da carreira, era uma das mais solicitadas cantoras do Brasil e chegou a se apresentar no Japão, parte da Europa e em quase toda a América Latina. Neste mesmo ano, lançou o LP “Noite Sem Ninguém” e apresentou por mais de um ano, no Canal 2 de São Paulo, o programa “Edith Veiga em Dois Tempos”, no qual recebia as principais personalidades da época, chegando a apresentar pela primeira vez ao público o cantor Altemar Dutra.

Em 1967 ,casou-se com o advogado Faiez Metne, com quem teve três filhos.Pelo fato de ter constituído família, continuou atuando, mas com menos intensidade. Durante esse período gravou muitos compactos e alternou sua voz em gêneros e estilos completamente variados, chagando a gravar bossa-nova, música de protesto, samba de morro e até jovem guarda.
Com o nascimento de sua primeira filha, Fabiana, em 1968, passou a atuar cada vez menos e permaneceu quase que completamente ausente das gravações de disco.

No começo da década de 70, gravou alguns poucos compactos, e somente em 1974 gravou um esperado lp, disco primoroso com um repertório privilegiado por clássicos da música brasileira e universal. Muito bem aceito pela crítica e o público, o álbum trazia releituras de Que Será (o maior sucesso de Dalva de Oliveira), Pedacinho do Céu (famoso chorinho de Waldir Azevedo, La Barca(Roberto Cantoral) e um pot-pourri de clássicos da música portuguesa com acompanhamento da famosa típica de Manoel Marques.

Por todo o restante da década de 70, continuou atuando, gravando compactos, (inclusive a sempre pedida Eu Te Amei, Eu Te Amo, Eu Sempre de Amarei – 1976), freqüentando os principais programas de televisão, tais como “Almoço com as Estrelas”, “Globo de Ouro”, “Silvio Santos” e “Chacrinha” que carinhosamente a apelidou de “As Pernas Que Cantam”.

No ano de 1980 chegou a se apresentar no famoso Carnegie Hall, dos EUA, e a gravar dois clipes para o “Fantástico” (da TV Globo), diretamente de Nova York, com as canções “Fim de comédia”, e “Não lhe quero mais”.

Contratada pela RGE, na mesma época, emplacou o bolero Meu Homem (Jair Amorim e Evaldo Gouveia) e gravou outro LP de sucesso, “Pensando em Ti”, com músicas de Roberto Carlos, Herivelto Martins, Lupicínio Rodrigues e algumas de sua autoria.

Em meados da década de 80 atuou muito no norte e nordeste, chegando até a gravar em Recife o LP “Como Se Fosse”, posteriormente lançado em cd e em catálogo até hoje.

Em 1989, lançou o LP “Começo da Vida” (RGE), casou-se pela segunda vez e por imposição do então atual marido, afasta-se do meio artístico para se dedicar à vida conjugal, e retornar à sua terra natal.

No início da década seguinte, Edith retoma suas atividades , fazendo shows por todo o Brasil e lança um cd dedicado ao fado, fazendo assim uma homenagem à Amália Rodrigues, com quem chegou a dividir o palco em terras portuguesas, e na ocasição recebeu de presente da musa fadista um lindo xale com o qual se apresenta em shows.

Atualmente, EdithVeiga se apresenta pelo Brasil com um show que traz uma retrospectiva de sua carreira e tem como base o repertório de seu novo CD. Nele, músicas inéditas de sua autoria, regravações de clássicos da MPB e participações especiais de Cauby Peixoto, Agnaldo Timóteo e Alcione.


http://www.edithveiga.com.br/contBiografia.html



http://youtu.be/vpZDCDMdNeE


http://youtu.be/JNTn_oq9l9Y

martedì 7 giugno 2011

Ed Wilson


Edson Vieira de Barros (Rio de Janeiro, 29 de julho de 1945 - 4 de outubro de 2010), mais conhecido como Ed Wilson, foi um cantor e compositor brasileiro. Fez parte do movimento da Jovem Guarda, fundou a banda Renato e Seus Blue Caps junto com seu irmão Renato Barros e no final de sua carreira esteve ligado à música gospel.Foi vitimado por um cancer na tireóide,durante cerca de três meses.

Ed Wilson foi criado no bairro carioca de Piedade, Rio de Janeiro. Seus irmãos Renato Barros e Paulo César Barros, fazem parte do grupo Renato e Seus Blue Caps onde Ed Wilson iniciou sua carreira musical e permaneceu até 1961. Em 1962, Ed Wilson iniciou sua carreira solo e posteriormente o próprio grupo Renato e Seus Blue Caps gravou uma música sua (denominada "Comanche"). Nos anos 90, Ed Wilson regravou uma coletânea de sucessos da Jovem Guarda ao lado de artistas da MPB como Erasmo Carlos, Leno e Lilian, Wanderléia e Golden Boys. No meio gospel, teve suas músicas regravadas por Alex Gonzaga, vocalista da banda Novo Som.

O cantor já passou também por diversas gravadoras como RCA, Odeon, CBS, Line Records e Top Gospel.

Foi um dos criadores da banda The Originals em 2005 onde gravou os três CDs/DVDs da banda.

Morte Ed Wilson permaneceu alguns dias internado no Hospital São Lucas, no bairro carioca de Copacabana. O artista enfrentava há algum tempo uma luta contra um câncer na tireóide, vindo a óbito na madrugada do dia 4 de outubro de 2010.[2]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ed_Wilson


http://youtu.be/5YvYOaSIGpw

http://youtu.be/bKVMA-Macd0

domenica 5 giugno 2011

Ed Motta


BIOGRAFIA

Ed Motta despontou em fins dos anos 80, como o vigoroso cantor e um dos compositores e produtores do Conexão Japeri. Uma sensação instantânea no circuito carioca de shows, que o grupo confirmou em seu disco de estréia, "Conexão Japeri" (Warner), em 1988, com canções como "Manuel", "Vamos dançar", "Baixo Rio" e "Um love". Sucessos marcados por exuberante musicalidade e que introduziam fortes componentes do soul e do funk ao pop-rock que então vigorava no Brasil. Logo ficou patente que, aos 16 anos, Ed Motta chegara para ficar e voar bem mais alto.

Dezesseis anos depois, no entanto, nem o mais otimista dos otimistas poderia prever que fosse tão longe. Hoje, é um cantor, compositor, multiinstrumentista, arranjador e produtor de trânsito internacional. Em seu estilo, sem abrir da veia funk-soul, tritura influências que vão do jazz à canção brasileira, das trilhas sonoras de Hollywood ao rock, da música clássica aos standards americanos, da bossa nova ao reggae. O resultado desse amalgama de referências já é reconhecido no mundo todo, confirmado nas turnês que nos últimos anos rodaram a Europa, o Japão, os Estados Unidos e a América do Sul. Em estúdios e palcos, Ed também já trocou experiências com músicos como Roy Ayers, Chucho Valdés, Jean-Paul "Bluey" Maunick (líder do Incógnito), Ryuichi Sakamoto, Paul Griffin, Bernard Purdie, Bo Diddley, Ed Lincoln, Miltinho, Mondo Grosso, Marcos Valle, João Donato, Dom Salvador, entre tantos outros.

Nascido no Rio, em 17 de agosto de 1971, Eduardo Motta cresceu rodeado por música. Sobrinho do criador de um soul com sotaque brasileiro e carioca, o cantor e compositor Tim Maia, ele tem como primeiras lembranças a música do tio, os discos de samba-canção e bossa nova que seus pais, Luzia e Antonio Carlos, ouviam, os sucessos de Earth, Wind & Fire, Stevie Wonder e da disco music que então vigorava na década de 70, e que sua irmã, Regina, já se aplicava. Mas o gatilho para que essa natural paixão pela música virasse uma obsessão foi mesmo o blues-rock britânico: Thin Lizzy, Humble Pie, Led Zeppelin, Free, Rory Gallagher... Obsessão que o levou aceitar o convite de um vizinho e assumir o posto de cantor do grupo hard rock Kabbalah.
Nesse período, início dos anos 80, outro detalhe de sua personalidade já era nítido: a voracidade enciclopédica com que avançava sobre um tema que o interessasse. Na infância, tornou-se um expert em peixes e aquários. A partir da adolescência, incorporou dos quadrinhos ao cinema clássico, passando a escrever para fanzines do Rio de Janeiro sobre esses assuntos. Com a música não foi diferente. Perto de esgotar o catálogo de blues e rock e seus derivados, ao ouvir "Blow by blow", Ed percebeu que o que o guitarrista inglês Jeff Beck fazia era beber dos mesmos soul e funk que ouvira em sua infância. Começa aí, em meados dos anos 80, a nascer o Ed Motta que se consagrou no disco e grupo Conexão Japeri. O grupo excursionou o Brasil todo, o disco foi um sucesso de vendas, puxado nas rádios por três grandes sucessos, "Manuel", "Baixo Rio" e "Vamos dançar", músicas que até hoje são obrigatórias em seus shows.
Mas como o próprio já contou, ele nunca se adaptou "à democracia de uma banda". E na época ninguém teve dúvidas que o Conexão Japeri era pequeno para o talento daquele múltiplo personagem. O trabalho seguinte nos estúdios, "Um contrato com Deus" (Warner, 1990), já creditado ao cantor e compositor, confirmava que a carreira solo era uma seqüência natural. Mais experimental, o segundo disco foi composto, produzido e gravado por Ed e Bombom, baixista e guitarrista que também fizera parte do Conexão. A dupla assinou todas as composições originais e se alternou em quase todo os instrumentos, escalando em algumas faixas o maestro Orlando Silveira para os arranjos de sopros e cordas. Em meio às oito canções novas, incluindo músicas que se tornaram sucesso como "Solução", "Um jantar para dois", "Um contrato com Deus" e "Sombras do meu destino", há nove vinhetas que passam por muitas das referências de Ed: blues rural, reggae, funk. Além de "Um contrato com Deus", Ed fez nessa época sua primeira trilha sonora, para o curta "Leonora Down", de Flavia Alfinito.

O próximo passo foi mais radical ainda. "Entre e ouça", lançado em 1992, era um profundo mergulho nas recentes descobertas de Ed Motta, apontando para um jazz pop de sofisticadas harmonizações e irresistível suingue. Entre as influências estava a dupla norte-americana Steely Dan. Hoje um clássico, reconhecido até pela Warner, que finalmente recolocou-o em catálogo a partir de 2001, na época o disco provou um choque. Foi reconhecido como uma obra-prima por poucos (e bons), mas desagradou muita gente, dos executivos, produtores e divulgadores da gravadora a radialistas e mesmo parte da imprensa e de seu público. Produzido por Ed e Bombom, os dois se cercaram de músicos como o vibrafonista Jota Moraes, o pianista Lulu Martin, o baterista Jorginho Gomes e dois professores de Ed, a pianista Delia Fischer e o saxofonista e flautista Chico Sá. "Entre e ouça" merece ser ouvido por suas rebuscadas composições, todas da dupla Ed e Bombom, com exceção do tema "Lulu prelude" (de Lulu Martin). Nesse período, excursionou pela primeira vez pelos EUA e pela Europa, incluindo apresentações no clube Dingwalls, em Londres.

Ele encerrou o contrato com a Warner com o lançamento, em fins de 1993, do disco "Ao vivo", registro de um show que fizera três anos antes. Insatisfeito com as pressões do mercado discográfico, percebendo que as portas estavam fechadas para o seu anseio por invenção e renovação, Ed Motta e sua mulher, a quadrinista e artista gráfica Edna Lopes, seguiram o conselho que, nos anos 60, o gaitista e compositor Maurício Einhorn sintetizou numa frase: "A saída para a música brasileira está no Aeroporto Internacional do Galeão". Durante boa parte de 1994, os dois viveram em Nova York, onde, paradoxalmente, Ed descobriu a força e a beleza da música brasileira, mergulhando na obra de Tom Jobim, Edu Lobo, Chico Buarque, Guinga. Ele também se apaixonou pela música clássica (de Debussy a Poulenc), pelas trilhas de Hollywood (de Korngold a Henry Mancini) e pelos musicais de Stephen Sondheim, num caminho sem volta atrás da música sem fronteiras.
Parte da temporada em Manhattan foi dedicada à gravação de um disco nunca editado, com sessões no estúdio de Donald Fagen (do grupo Steely Dan) das quais participaram cobras da cena jazz-funk norte-americana como o baterista Bernard Purdie, o tecladista Paul Griffin e os baixistas Eddie Gomez e Chuck Rainey.

De volta ao Brasil, Ed experimentou de tudo um pouco. Compôs e gravou com Aldir Blanc, no disco "50 anos"; fez as trilhas do curta de animação "Ninó" (direção de Flávia Alfinito), premiada no Festival de Cinema de Vitória, do curta "Famine' (de Patrícia Alves Dias); e também compôs e gravou comerciais para a TV.

Em 1996, com a trilha para o longa-metragem "Pequeno dicionário amoroso" (direção de Sandra Werneck), Ed mostrou que começava a chegar à síntese entre ambição artística e sucesso comercial. O disco, editado pela BMG, confirma as influências da MPB (da bossa nova ao choro) e do jazz. O sucesso nas rádios da canção-tema do filme, "Falso milagre do amor", um rebuscado samba-canção de moldura soul-funk, com letra de Ronaldo Bastos, provou que Ed estava pronto. Algo que nesse período também ficou patente em muitas apresentações pelo Brasil e pelo mundo, experimentando diversas formações, incluindo sua participação na Orquestra Jazz Sinfônica, do maestro Nelson Ayres. Ed também cantou em Londres, Buenos Aires, Nova York, Boston, Miami, Roma e Paris (ele voltou quatro vezes para o bis depois de seu show no tradicional Hot Brass, clube de jazz parisiense que foi um dos berços da cena avant-garde).

Contratado pela Universal, Ed lançou em 1997 "Manual prático para festas, bailes e afins, Vol. 1", disco no qual dividiu a produção com Liminha. Com esse trabalho, provou que é possível fazer música pop e comercial de qualidade. Pop prêt-à-porter. Musicalmente, ousou e conseguiu fusões de suas primeiras influências, o funk, o soul e o pop, com o que passou a ouvir a partir do meio dos anos 90: orquestras, jazz, trilhas de Hollywood e musicais da Broadway.

Descontadas as muitas participações, em songbooks e trilhas sonoras, Ed Motta não lançava um disco de estúdio há cinco anos, desde "Entre e ouça" (1992). Manual prático..." oferecia material de sobra para matar a saudade do seu público. Funks que remetem aos tempos da Conexão Japeri ("Daqui pro Méier", "Fora da lei", "Birinaite" ou "Dias de paz"); baladas soul que traduzem para o Brasil a tradição de mestres como Marvin Gaye e Donny Hathaway ("Quais serão meus desejos" e "Vendaval"); vinhetas que lembram das experiências dos discos "Um contrato com Deus" (89) e "Entre e ouça" ("A loja do subsolo" e "Cartão de visita"); ou inclassificáveis e irresistíveis fusões de gêneros. Algo que, segundo Ed, pode ser sintetizado como um encontro da dupla Rodgers & Hart (autores, nos anos 30, de standards da canção norte-americana) com Holland e Dozier (compositores, nos anos 60, de inúmeros sucessos da soul music). No estúdio, Ed cercou-se de um time de sonhos: entre outros, Bombom (guitarra), Jota Moraes (piano, teclados e vibrafone), Serginho Trombone, João Castilho (guitarra), Vittor Santos (trombone), Liminha (baixo) e, até hoje, seu importante colaborador Renato "Massa" Calmon (bateria). E ainda esbanjou seu dom natural como multiinstrumentista, alternando-se no baixo, na guitarra e nos teclados, e estreou como arranjador para grande orquestra na balada "Quais serão meus desejos?", com direito a cordas, fagote, oboé..., além de ter assinado boa parte dos arranjos de sopros, alguns deles divididos com Lincoln Olivetti ("Daqui pro Méier"), Jota Moraes ("Lustres e pingentes", "A flor do querer", "Mentiras fáceis") e Serginho Trombone ("Dias de paz", "Luna e cera").

Disco lançado, sucesso de vendas e nas rádios, Ed rodou o Brasil a partir de 1997 e também se apresentou na Europa e nos EUA (incluindo um show com o vibrafonista e cantor Roy Ayers, no Summer Stage do Central Park, em Nova York). Em 1999, Ed fez uma turnê costa a costa dos EUA com Ivan Lins, sendo que o show do Carnegie Hall, em Nova York, contou com a participação da cantora Chaka Khan e do baixista Will Lee. Também neste ano, participou do disco do Mondo Grosso, projeto do compositor e produtor japonês Shinichi Osawa. Paralelamente à turnê, achou tempo para compor e gravar nos trilhas para o cinema, como o do média-metragem "De janela pro cinema" (direção de Quiá Rodrigues), premiado nos festivais de Vitória, Maranhão e Recife.

Lançado em 2000, "As segundas intenções do 'Manual prático'" avançava mais nos dados lançados até então. Agora o único produtor do disco, Ed gravou as bases com uma banda fixa - Renato "Massa" Calmon (bateria), Marcelo Mariano (baixo), Glauton Campello (piano Rhodes) e Paulinho Guitarra - e depois percorreu diferentes estúdios cariocas atrás do som perfeito e específico para cada um dos complementos, dos detalhes e dos solos desse mosaico musical. Nessa segunda fase se juntaram ao disco instrumentistas como o tecladista Fábio Fonseca (companheiro de viagem no Conexão Japeri), o arranjador e pianista Jota Moraes, o baixista Liminha, o trompetista e arranjador Jessé Sadoc, o saxofonista Marcelo Martins e o veterano organista Ed Lincoln. No repertório, como sempre todo inédito, Ed contou com letristas como Ronaldo Bastos, Chico Amaral, Rita Lee, Nelson Motta, Zélia Duncan, Lulu Santos e Doc Comparato.
O leque rítmico passa por samba-funk ("Dez mais um amor" e "Assim assim"), a deliciosa marchinha-disco "Colombina", disco music ("Mágica de um charlatão"), jazz-funk ("Pisca-alerta"), baladas como "Jóia de mágoa", "À deriva" e "Outono no Rio" - esta, um standard instantâneo, como se observa até hoje nos shows, nos quais é sempre um item indispensável - e o ousado tema instrumental "A Tijuca em cinemascope".

A ousadia de "A Tijuca em cinemascope", última faixa de "As segundas intenções", já anunciava o que viria a seguir, apenas um ano depois. Lançado em 2001, "Dwitza" (Universal) era antigo projeto de Ed, que sempre sonhara com um disco instrumental. Daí o título, uma palavra por ele inventada de sotaque internacional. Com exceção das canções "Doce ilusão" (letra de Nelson Motta) e "Coisas naturais" (letra de Ronaldo Bastos e Ed), as outras 12 faixas do disco não trazem letras, ou são cantadas no singular "edmottês" que sempre esteve presente em seus vocalises e scat singing.
Ed é o produtor, o autor do repertório e dos arranjos de base, trabalhando com um time no qual brilhavam, entre outros, Jota Moraes (piano Rhodes e vibrafone, um colaborador fundamental para Ed), Renato "Massa Calmon (bateria), Alberto Continentino (baixos acústico e elétrico), Jessé Sadoc (flugelhorn e trompete), Marcelo Martins (flauta), Fábio Fonseca (teclados), Jaques Morelenbaum (violoncelo) e Teco Cardoso (sax barítono).
Como revelam os títulos de dois temas, Ed reverencia algumas de suas influências em "Um Dom pra Salvador" (faixa que abre o disco, em homenagem ao pianista brasileiro radicado em Nova York Dom Salvador) e "Amalgasantos" (esta para o compositor e maestro Moacir Santos, gênio da música brasileira que, nos anos 60, trocou o Brasil pelos EUA, radicando-se em Los Angeles). Na verdade, "Dwitza" é um caldo de referências e reverências do qual Ed tira a sua única e original síntese: nela cabem também o jazz independente dos selos Strata-East e Black Jazz, Brian Auger, Steely Dan, os clássicos Scriabin e Honneger, Cal Tjader, João Donato, David Axelrod, Ennio Morricone, Jack & Roy. Ecos desses e de tantos outros criadores que Ed se aplica alternam-se em temas como "Sus-tenta", "Lindúria", "Valse au beurre blanc", "Cervejamento total" ou "Instrumentida".

Paralelamente a "Dwitza", Ed Motta produziu ao lado de Nelson Motta a trilha sonora do longa-metragem "A partilha", filme dirigido por Daniel Filho. No CD com a trilha, lançado pela Universal em 2001, estão canções da dupla Motta & Motta como "Tardes de verão", "Risos na noite" e "Apaixonada", interpretadas e arranjadas por Ed.

Entre 2001 e 2003, ano de lançamento de "Poptical", disco de estréia na gravadora Trama, a carreira internacional de Ed decolou de vez. Nesses dois anos fez o circuito completo dos clubes Blue Note do Japão e esteve várias vezes na Europa. Em meio às viagens, gravou com o Incognito, dividindo a parceria com Jean-Paul "Bluey" Maunick e cantando "Who needs love", faixa-título e de abertura do disco lançado em 2002 pelo grupo. Também gravou com nomes do movimento West London, como Nature's Plan (4 Hero) e Alex Attias.

Em "Poptical", mais uma palavra inventada de sonoridade e sentido universais, Ed Motta retoma o formato da canção e do pop num disco no qual os sintetizadores analógicos fazem o papel de cordas e metais. As influências incluem os discos "Layers" (do tecladista Les McCan) e "Didi" (de Fernando Gelbard), o pop dos irmãos Gino e Joe Vanelli e até as valsas de perfume cinqüentista.
Ed Motta produziu e arranjou as 12 novas composições do disco e alternou-se em teclados, piano acústico e violão, trabalhando na base com o ótimo grupo que tem rodado o mundo em suas turnês: Renato "Massa" Calmon (bateria), Alberto Continentino (baixo), Rafael Vernet (teclados) e Paulinho Guitarra. Também participaram das gravações músicos como Rick Ferreira (steel guitar), Fábio Fonseca (teclados), Sidinho (percussão), Jota Moraes (marimba e glockenspiel).
O sucesso de "Tem espaço na van" (com letra de Seu Jorge), disco funk que foi o primeiro single do álbum, mostrou que a sintonia de Ed com o público brasileiro continuava alta. Essa faceta mais para as pistas de Ed também estava presente em faixas como "Coincidência", "Eu avisei" (em sua primeira parceria com Adriana Calcanhotto) e "Que bom voltar" (letra de Daniel Carlomagno). Mas o repertório ainda oferece as hollywoodianas baladas de Ed, como "Rainbow's end" (com letra em inglês de Ronaldo Bastos), "The rose that came to bloom" (outra em inglês, esta assinada por Jean- Paul "Bluey" Maunick) e "Pra se lembrar" (letra de Jair Oliveira); flertes com o bolero e a rumba (em "Quem pode surpreender", letra de Zélia Duncan);e o fox (em "Fox do detetive", letra de Chico Amaral).
Como vem acontecendo desde "Entre e ouça" em 1992, Ed idealizou a concepção de capa e encarte de "Poptical", disco que, na Inglaterra, também foi editado em vinil, assim como "Dwitza".
Desde o seu lançamento, Ed Motta tem se apresentado pelo Brasil e por diversos países do mundo com "Poptical", show que também serviu de base para seu primeiro DVD.
Música, sempre aberta a inovações e a surpresas, é o que move Ed Motta.

Antonio Carlos Miguel



http://edmotta.uol.com.br