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sabato 8 settembre 2012

Luiz Vieira


Luiz Vieira e seu avó Luiz José Vieira de quem Luiz Herdou
seu nome artístico.Este foi sua grande referência, seu mestre e sua
vida.
Luiz Vieira é
nordestino por convicção e por sentimento; pernambucano por acaso. É fruto de
uma família tradicional do Rio de Janeiro que reside no estado do
Rio.
O avô, Luiz José
Vieira, foi o responsável pelo alto conceito que a família possui, no Rio. Foi
um patriarcal da última palavra, justa e certa. Um homem que lutou muito pela
vida, trabalhava na roça, com a compra de alguns animais, como cavalos, burros,
com um senso muito aguçado de comerciante, comprava diretamente dos fazendeiros
e lavradores seus produtos e os transportava para Alcântara / Niterói / Rio.
Ficou rico com tal importância que a Leopoldina lhe reservava quatro vagões só
para transportar suas mercadorias.
Dona Leopoldina
Vieira, avó de Luiz Vieira, tornou-se estimada por todos e acabou até virando
nome de rua, em Alcântara. O casal teve dois filhos: Luiz Rattes Vieira e
Lourdes Vieira. Luiz Rattes Vieira tornou-se advogado de renome e casou-se com
Anita Alves de Mendonça, uma portuguesa de Trás do Monte.
Sua mãe teve um
segundo filho, Lincoln, e sofreu complicações durante seu terceiro parto quando
veio a falecer, deixando Luiz Vieira com dois anos e quatro meses.
Luiz Vieira passou
sua infância dividida entre a casa da família em Alcântara, onde hoje está a rua
Leopoldina Vieira, o sítio em Guapimirim, onde seu avô trabalhava como
empregado.
Travesso e
talentoso, cultivou a herança da mãe: a inspiração para a música e a
poesia.
Seu avô trabalhava
com comércio de embarcações e transportes de cargas, até que, em meados de 1938,
um acidente com um navio, levou ao fundo do mar uma lancha da Marinha,
acarretando deste modo a perda da riqueza dos Vieiras.
A pobreza ocorrida
de uma hora para outra fez com que Luiz Vieira se dedicasse à caça e à pesca.
Foi também guia de cego, engraxate, domador de burro xucro, cortador de lenha e
daí por diante. Só queria sobreviver.
Quando completou 14
anos, o avô já se recuperara da intensa crise. Luiz Vieira, porém sentia-se na
obrigação de trabalhar e ajudar em casa. O velho comprara um caminhão e fazia
todo tipo de carreto que surgisse, percorrendo o Estado do Rio com o neto ao seu
lado.
Mesmo na
dificuldade, o espírito musical nunca foi deixado para trás.
Luiz Vieira foi
trabalhar na oficina do tio João, marido da tia Lourdes; e lá conheceu Justo, um
crioulo que o estimulou a seguir carreira artística. Foi, enfim, para a
Guanabara, tentar a sorte nos programas de calouros.
A princípio,
cantava músicas românticas, valsas e sambas-canções. Uma vez, porém, no programa
de Renato Murce, no Rio, imitou Vicente Celestino. Apareceu em todos os
programas possíveis: na "Hora do Pato", nos "Calouros em Desfile" e no programa
"Manhãs da Roça" de Zé do Norte; nessas apresentações só ganhava experiência e o
dinheiro da condução.
Teimoso, ele se
inscrevia em todos os programas de calouros. Todos os dias, durante quase um
ano, Luiz enfrentava a estrada, num trajeto de três horas entre as cidades de
Alcântara e do Rio de Janeiro, vislumbrando uma chance de cantar no programa do
Zé do Norte. Graças à sua persistência, sua vez acabou chegando. Uma greve dos
cantores contratados pelo programa levou a produção ao desespero. E lá estava o
perseverante Luiz que, desde então, passou a fazer parte da equipe.
A primeira vez que
Luiz Vieira entrou num cabaré, empregou-se como "crooner da orquestra". O
pianista, primo Ubirajara dos Santos, trabalhava no cabaré "Novo México", na
Lapa, o coração do bairro carioca. Tinha ido falar com o primo e, como o cantor
estava atrasado, foi convidado para dar "canja", o dono gostou e o
contratou.
A vida de Luiz
Vieira foi se modificando lentamente, até conseguir o contrato na Rádio Tupi do
Rio, por intermédio de Paulo de Gramont. Só nessa época abandonou o carro de
praça, que lhe dava algum dinheiro, em Niterói. Foi contratado em 1950 pelas
Emissoras Associadas, que unia Rádio Tupi e Record.
Sua primeira
gravação foi conseguida por intermédio de Venilton Santos. O primeiro disco foi
gravado na Todamérica. "Pai, acende a lampião", um baião de sua autoria com
parceria de Ubirajara dos Santos.
Em 1953 acontece
seu primeiro sucesso "Menino de Braçanã", gravado por Roberto Paiva pela
primeira vez e logo em seguida por Ivon Curi, que estourou por todo
Brasil.
Em 1954, mudou-se
para São Paulo; contratado para a Rádio Record, como cantor de rádio e
televisão, pelo dobro do que estava ganhando no Rio, e lá permanecendo até o ano
de 1961.
Paralelamente, em
54 Luiz é contratado pela Rádio Nacional como cantor, onde ficou até o ano de
1959.
Em 1962 Luiz
transfere-se para a TV Excelsior, onde viveu o grande auge de sua carreira, com
o programa "Encontro com Luiz Vieira".
Nesta época estava
ganhando bastante dinheiro, tanto que se achou na obrigação de se repartir com
os mais necessitados, então separava 20% do seu salário para as pessoas que lhe
pediam seu auxílio. Ele doava medicamentos, gêneros alimentícios e roupas, até
fundar a associação "Lar Escola Emanuel" juntamente com os amigos Rocha, Silva e
Neli.
Em 1962, Luiz
estoura por todo Brasil com sua obra-prima "Prelúdio pra Ninar Gente Grande",
conhecida por Menino Passarinho, no ano seguinte acontece outro grande sucesso,
"Paz do Meu Amor".
Luiz Vieira atuou
com programas próprios em todos os lugares em que estreava uma televisão, desde
Belém do Pará ao Rio Grande do Sul.
Em 1970 Luiz
estréia na TV Itacolomi, em Belo Horizonte, TV Piratini, em Porto Alegre, com
seu programa "Eu Show Luiz Vieira", com este programa Luiz excursionou por
várias cidades do Brasil.
Chegou a fazer 5
programas por semana, do Ceará ao Rio Grande do Sul: TV Ceará, TV Jornal do
Comércio de Pernambuco, TV Itapoã na Bahia, TV Piratininga no Rio Grande do Sul
e TV Paraná em Curitiba.
Tem gravado cerca
de 30 compactos e apenas 8 LP's, pois sua vida atarefada, faz com que disponha
de pouco tempo para estúdios de gravações.
É autor de mais de
500 melodias, entre baiões, toadas, sambas e prelúdios, gravadas por mais de 50
dos mais importantes intérpretes brasileiros, desde a velha guarda com Augusto
Calheiros, "A Patativa do Norte"; Gilberto Alves e pela média guarda com Dolores
Duran, Moacyr Franco, Antonio Marcos, Agnaldo Rayol, Peri Ribeiro, Carlos José,
Marlene, Nara Leão, Taiguara, Evinha, Caetano Veloso, Hebe Camargo, Sérgio Reis,
Jane e Herondy, Ivan Lins, Fagner, Zizi Possi, Caetano Veloso, Rita Lee e
outros. É também um profundo conhecedor de literatura de cordel e
folclore.Não gosta de ser chamado de cantor
e sim cantador. A diferença, segundo o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda é
CANTOR é aquele que canta por profissão e CANTADOR é aquele que canta; poeta
capaz de improvisar versos ao som da viola e a rebeca; violeiro é sinônimo de
cantador, poeta de literatura de cordel.
Todas as manhãs,
das 6:00 às 9:00 hs, os cariocas têm o privilégio de ouvir a voz cativante de
Luiz Vieira, na Rádio Rio de Janeiro AM - o programa "Minha Terra, Nossa Gente".
Há um quadro interessantíssimo chamado "Gente que Brilha", dedicado a
aniversários de cantores e compositores da música popular brasileira, este era
apresentado pelo velho Dr. Paulo Roberto na Rádio Nacional.

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