misabell

free counters

martedì 31 agosto 2010

Olegário Mariano




Olegário Mariano
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nome completo Olegário Mariano Carneiro da Cunha
Nascimento 24 de março de 1889
Recife
Morte 28 de novembro de 1958 (69 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Poeta, político e diplomata

Olegário Mariano Carneiro da Cunha (Recife, 24 de março de 1889 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1958) foi um poeta, político e diplomata brasileiro.

Biografia
Olegário Mariano era filho de José Mariano Carneiro da Cunha e de sua esposa, Olegária da Costa Gama, ambos heróis pernambucanos da Abolição e da República.

Foi inspetor do ensino secundário e censor de teatro. Em 1918, ele se tornou representante do Brasil na Missão Melo Franco, como secretário de embaixada na Bolívia. Foi deputado à Assembleia Constituinte de 1934. Em 1937, ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados, depois foi ministro plenipotenciário nos Centenários de Portugal, em 1940; delegado da Academia Brasileira de Letras na Conferência Interacadêmica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945; embaixador do Brasil em Portugal entre 1953 e 1954. Exerceu o cargo de oficial do 4.° Ofício de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro, tendo sido antes tabelião de notas.

Em 1938, em concurso promovido pela revista Fon-Fon, foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros, em substituição a Alberto de Oliveira, detentor do título depois da morte de Olavo Bilac, o primeiro a obtê-lo. Nas revistas Careta e Para Todos, escrevia sob o pseudônimo de João da Avenida, uma seção de crônicas mundanas em versos humorísticos. Ficou conhecido como "o poeta das cigarras", por causa de um de seus temas prediletos.

Obras
Angelus (1911)
Sonetos (1921)
Evangelho da sombra e do silêncio (1913)
Água corrente, com uma carta prefácio de Olavo Bilac (1917)
Últimas Cigarras (1920)
Castelos na areia (1922)
Cidade maravilhosa (1923)
Bataclan, crônicas em verso (1927)
Canto da minha terra (1931)
Destino (1931)
Poemas de amor e de saudade (1932)
Teatro (1932)
Antologia de tradutores (1932)
Poesias escolhidas (1932)
O amor na poesia brasileira (1933)
Vida Caixa de brinquedos, crônicas em verso (1933)
O enamorado da vida, com prefácio de Júlio Dantas (1937)
Abolição da escravatura e os homens do norte, conferência (1939)
Em louvor da língua portuguesa (1940)
A vida que já vivi, memórias (1945)
Quando vem baixando o crepúsculo (1945)
Cantigas de encurtar caminho (1949)
Tangará conta histórias, poesia infantil (1953)
Toda uma vida de poesia, 2 vols. (1957)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oleg%C3%A1rio_Mariano

Kremme


Foi um dia de kremesse.
Depois de rezá três prece
Pra que os santo me ajudasse,
Deus quis que nós se encontrasse
Pra que nós dois se queresse,
Pra que nós dois se gostasse.


Inté os sinos dizia
Na matriz da freguezia
Que embora o tempo corresse,
Que embora o tempo passasse,
Que nós sempre se queresse,
Que nós sempre se gostasse.


Um dia, na feira, eu disse
Com a voz cheia de meiguice
Nos teus ouvido, bem doce:
Rosinha si eu te falasse...
Si eu te beijasse na face...
Tu me dás-se um beijo? — Dou-se.


E toda a vez que nos vemo,
A um só tempo perguntemo
Tu a mim, eu a vancê:
Quando é que nós se casemo,
Nós que tanto se queremo,
Pro que esperamos pro quê?


Vancê não falou comigo
E eu com vancê, pro castigo,
Deixei de falá também,
Mas, no decorrê dos dia,
Vancê mais bem me queria
E eu mais te queria bem.


— Cabôco, vancê não presta,
Vancê tem ruga na testa,
Veneno no coração.
— Rosinha, vancê me xinga,
Morde a surucucutinga,
Mas fica o rasto no chão.


E de uma vez, (bem me lembro!)
Resto de safra... Dezembro...
Os carro afundando o chão.
Veio um home da cidade
E ao curuné Zé Trindade
Foi pedi a sua mão.


Peguei no meu cravinote
Dei quatro ou cinco pinote
Burricido como o quê,
Jurgando, antes não jurgasse,
Que tu de mim não gostasse,
Quando eu só amo a vancê.


Esperei outra kremesse
Que o seu vigário viesse
Pra que nós dois se casasse.
Mas Deus não quis que assim sesse
Pro mais que nós se queresse
Pro mais que nós se gostasse.

http://www.revista.agulha.nom.br/om.html#kremme



RONALDO SABINO interpreta: "DE PAPO PRO AR" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano) na abertura do prog.: "PROSA, CAFÉ E VIOLA" em Franca -SP - Programa que ele apresenta a convite do produtor e ALDEMIR PRADO.
WWW.PROSACAFEEVIOLA.COM.BR








Show realizado no Centro Cultural São Paulo em 18/06/2010; Composição de Olegário Mariano e Joubert de Carvalho; Músicos: Ramon Araújo: Violão e Tadeu Romano: Sanfona







Nessun commento:

Posta un commento