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giovedì 23 settembre 2010

Santa Rita Durão


Santa Rita Durão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Frei José de Santa Rita Durão (Cata Preta, 1722 — Lisboa, 1784) foi um religioso agostiniano brasileiro[1][2] do período colonial, orador e poeta. É também considerado um dos precursores do indianismo no Brasil. Seu poema épico Caramuru é a primeira obra a ter como tema o habitante nativo do Brasil; foi escrita ao estilo de Luís de Camões, imitando um poeta clássico assim como faziam os outros neoclássicos (árcades).

Vida
Estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro até os dez anos, partindo no ano seguinte para a Europa, onde se tornaria padre agostiniano. Doutorou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Coimbra, e em seguida lá ocupou uma cátedral de Teologia.

Durante o governo de Pombal, foi perseguido e abandonou Portugal. Trabalhou em Roma como bibliotecário durante mais de 20 anos, até a queda de seu grande inimigo, retornando então ao país luso. Esteve ainda na Espanha e na França. Voltando a Portugal com a "viradeira" (queda de Pombal e restauração da cultura passadista), a sua principal atividade será a redação de Caramuru, publicado em 1781. Morre em Portugal em 24 de janeiro de 1784.

Ao Brasil não voltaria mais, e sua epopéia é uma forma de demonstrar que ainda tinha lembranças de sua terra natal.

Obra
Quase a única obra restante escrito por Durão é seu poema épico de dez cantos, Caramuru, o qual é extremamente preso ao modelo de Camões. Formado por oitavas rimadas e incluindo informação erudita sobre a flora e a fauna brasileiras e os Índios do país. Caramuru é um tributo à sua terra natal. Segundo a tradição, a reação da crítica e do público ao seu poema foi tão fria que Santa Rita Durão destruiu o restante de sua obra poética.

Lista de obras
Pro anmia studiorum instauratione oratio (1778)
Caramuru (1781)
Referências
1.↑ O termo brasileiro muito antes da independência já era o adjetivo pátrio dos naturais do "Estado do Brasil". Veja por exemplo carta régia dada em Lisboa aos 20 de outubro de 1798 que cria a Vila do Paracatu do Príncipe, ali se lê: ..."em diante se denomina Villa de Paracatu do Principe; e que tenha e goze de todos os privilegios, Liberdades, franquezas, honras e isençoens de que gozão as outras Villas do mesmo Estado do Brasil"... (Revista do Arquivo Público de Minas Gerais - ano I, fasc. II. Imprensa Oficial de Minas Gerais; Ouro Preto; 1896 - pg. 349.)
2.↑ Logo logo na colônia o comércio do pau-brasil foi abandonado e substituído pela produção de cana-de-açucar - surgiu o ciclo da cana-de-açucar; aliás foi o que atraiu os holandeses com a sua Cia. das Indias Ocidentais e Maurício de Nassau (1580)e o gentílico brasileiro permaneceu. No século XVII já não se falava mais em comércio de pau-brasil mas em ouro e diamantes. Portanto, no século XVII o comércio de pau-brasil já era praticamente inexistente. Por isto o termo perdeu a conotação de profissão. Veja ainda sobre o assunto: Viagem pela História do Brasil; Jorge Caldeira; Cia. das Letras; São Paulo; 1997 - pg.34


http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Rita_Dur%C3%A3o

Caramuru


Canto II


XVII

Não era assim nas aves fugitivas,

Que umas frechava no ar, e outras em laços

Com arte o caçador tomava vivas;

Uma, porém, nos líquidos espaços

Faz com a pluma as setas pouco ativas,

Deixando a lisa pena os golpes lassos.

Toma-a de mira Diogo e o ponto aguarda:

Dá-lhe um tiro e derruba-a com a espingarda.





Estando a turba longe de cuidá-lo,

Fica o bárbaro ao golpe estremecido

E cai por terra no tremendo abalo

Da chama do fracasso e do estampido;

Qual do hórrido trovão com raio e estalo

Algum junto a quem cai fica aturdido,

Tal Gupeva ficou, crendo formada

No arcabuz de Diogo uma trovoada.





Toda em terra prostrada, exclama e grita

A turba rude em mísero desmaio,

E faz o horror que estúpida repita

Tupã, Caramuru, temendo um raio.

Pretendem ter por Deus, quando o permita

O que estão vendo em pavoroso ensaio,

Entre horríveis trovões do márcio jogo,

Vomitar chamas e abrasar com fogo.





Desde esse dia, é fama que por nome

Do grão Caramuru foi celebrado

O forte Diogo; e que escutado dome

Este apelido o bárbaro espantado.

Indicava o Brasil no sobrenome,

Que era um dragão dos mares vomitado;

Nem de outra arte entre nós antiga idade

Tem Joce, Apolo e Marte por deidade.





http://www.revista.agulha.nom.br/sr01.html




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