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lunedì 31 maggio 2010

Aníbal Beça


Aníbal Beça
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Anibal Beça é o nome literário de Anibal Augusto Ferro de Madureira Beça Neto (Manaus, 13 de setembro de 1946 - 25 de agosto de 2009) foi poeta, tradutor, compositor, teatrólogo e jornalista brasileiro.
Atuação
Trabalhou como repórter, redator e editor, em todos os jornais de Manaus. Foi diretor de produção da TV Cultura do Amazonas, Conselheiro de Cultura, consultor da Secretaria de Cultura do Amazonas. Vice-presidente da UBE-AM União Brasileira de Escritores, presidente da ONG “Gens da Selva”, onde atualmente exerce o cargo de vice-presidente, bem como de presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Amazonas e presidente do Conselho Municipal de Cultura é membro da Academia Amazonense de Letras.

Vida literária
No ano de 2007 completa 41 anos de atividade literária e 45 de atuação na música popular, tendo vencido inúmeros festivais de MPB por todo o Brasil.

Em 1994 recebeu o Prêmio Nacional Nestlé, em sua sexta versão, com o livro Suíte para os Habitantes da Noiteconcorrendo com 7.038 livros de todo o Brasil.

Integração cultural
Ao lado de seus afazeres literários e musicais, destacou-se também em prol da causa da integração cultural latino-americana, seja traduzindo escritores de países vizinhos, ou participando e organizando festivais e encontros de poesia. Representou o Brasil no IX Festival Internacional de Poesia de Medellín, no III Encontro Ulrika de escritores em Bogotá e no VI Encuentro Internacional de Escritores de Monterrey. Sua produção poética tem sido contemplada em importantes revistas:

“Poesia Sempre” (Brasil),
“Casa de las Américas” (Cuba),
“Prometeo” (Colômbia),
“Ulrika” (Colômbia),
“Revista Armas & Letras” da Universidade de Nuevo León ( México),
“Tinta Seca”( México),
“Lectura” (Argentina),
“Frogpond Haiku”( Estados Unidos),
“Amazonian Literary Review” (Estados Unidos),
“Mississippi review” (Estados Unidos).
Livros publicados
Convite Frugal, Edições Governo do Amazonas (1966),
Filhos da Várzea, Editora Madrugada (1984),
Hora Nua, Editora Madrugada (1984),
Noite Desmedida, Editora Madrugada (1987),
Mínima Fratura, Editora Madrugada (1987),
Quem foi ao vento, perdeu o assento, Edições Muraquitã (teatro, 1988),
Marupiara – Antologia de novos poetas do Amazonas, Edições Governo do Amazonas (organizador, 1989),
Suíte para os habitantes da noite, Paz e Terra (1995),
Ter/na Colheita, Sette Letras (1999),
Banda da Asa – poemas reunidos, Sette Letras, (1999),
Ter/na Colheita, Editora Valer (2006, segunda edição),
Noite Desmedida, Editora Valer (2006, segunda edição),
Folhas da Selva, Editora Valer (2006).
Chá das quatro, Editora Valer (2006)
Águas de Belém, Editora Muhraida( 2006);
Águas de Manaus, Editora Muhraida( 2006).
Palavra Parelha reunindo os livros Cinza dos Minutos, Chuva de Fogo, Lâmina aguda, Cantata de cabeceira e Palavra parelha no prelo Editora Topbooks 2007.
Música
Marapatá - 1984 (em parceria com Armando de Paula).
O Poeta solta a voz - 2001.
Duas águas - 2006.

http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADbal_Be%C3%A7a


Poema Cíclico


A trave dos meus olhos
é pólen de crisântemos:
farpas cronológicas
Metro a metro a seta ideográfica
abre aspas ao vento:
mandala vertical

Quem me confere
estas asas nubladas
de arcanjo do limbo?

Ah tempo adiposo
a marca do teu risco
esferográfico
abre mais mais uma estrada
(sem acostamentos)
paralela às estrias do sono.

Eis que a pálpebra de palha
se apresenta:
dos meus olhos saltam
pássaros ariscos

prontos a deflorar begônias
em setembro
e 38 ponteiros
(rubis ciclotímicos do silêncio)
acupunturam poros fóbicos:

Calendas
a fala do espelho
(espectador anônimo)
mostra-me por inteiro:
Vital conselho
entre o sudário que me hospeda
e a angústia que me habita.

A miração flutua narcisicamente
o rasto da sílaba
o grão onomástico sussurra:
Anibal.

Quão particular este silêncio
(viés oculto)
que me sabe desnudo
despudoramente nu
encalhado num atol:
leito circunscrito

às algas do meu avesso.

Sem embargo
trago sempre no alforje
um fardo de estrelas:
sei-me estivador
desse caisa agônico
atarefado Sísifo

http://www.revista.agulha.nom.br/abeca01.html#poema

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