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venerdì 4 giugno 2010

Antônio Cícero


Antônio Cícero


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Antonio Cicero Correa Lima[1] (Rio de Janeiro, 1945) é compositor, poeta, filósofo e escritor brasileiro.

Estudou Filosofia na UFRJ; posteriormente, graduou-se na Universidade de Londres e pós-graduou-se nos Estados Unidos. Passou a lecionar Filosofia e Lógica, em universidades do Rio de Janeiro.

Escreve poesia desde jovem, mas seus poemas só apareceram para o grande público quando sua irmã, a cantora e compositora Marina Lima passou a musicá-los. Antes, porém, já eram suas canções como Fullgás, Para Começar e À Francesa, as duas primeiras em parceria com sua irmã, e a última com Cláudio Zoli. A partir de então, Cicero tornar-se-ia um dos mais próximos parceiros de Marina. Entre outras parcerias, destacam-se aquelas com Waly Salomão, João Bosco, Orlando Moraes, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos (co-autor, junto com Antonio Cicero e Sérgio Souza, do hit O Último Romântico, de 1984).

Em 1982, participou de Tabu, filme de Júlio Bressane.

Em 1995, publicou O Mundo Desde o Fim, uma reflexão sobre a modernidade. Ganhou o Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira na categoria estreante, com o volume poético Guardar. Lançou também um CD em 1971, Antonio Cicero por Antonio Cicero, onde recita seus poemas. Em 2002, participou, junto com outros artistas como Gabriel, O Pensador, Chico Buarque, Ronaldo Bastos, Fernando Brant entre outros, de uma coletânea de quatro CDs em homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.

É colunista do jornal Folha de S. Paulo.

Guardar



Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma
Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
do que pássaros sem vôos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que quer guardar.

http://www.revista.agulha.nom.br/antoniocicero.html#bloco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_C%C3%ADcero

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