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sabato 19 giugno 2010

Carlito Azevedo


Carlito Azevedo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos Eduardo Barbosa de Azevedo (Rio de Janeiro, 1961) é um editor, crítico e poeta brasileiro.

Carioca da Ilha do Governador, Azevedo cursou a faculdade de letras na UFRJ, voltando sua atenção para a poesia francesa, a qual vem traduzindo regularmente. Conhece José Lino Grünwald que o apóia em sua estréia com o livro Collapsus Linguae
(1991), com o qual ganhou o prêmio Jabuti. Em 1992 Antonio Carlos Secchin já destacava o fato de a estréia de Azevedo fornecer “elementos interessantes para uma reflexão acerca da formação cultural de nossos poetas”, em especial pelo fato de o poeta ter consciência de não se confundir com suas fontes próximas, a Poesia Marginal, a Poesia Concreta e a de João Cabral de Melo Neto, ainda essas fontes sejam facilmente identificáveis.

Em seguida publicou As Banhistas (1993), que tem como centro uma série de poemas com o mesmo título, que pode ser vista como o modelo de sua poética; Sob a Noite Física
(1996); e Versos de Circunstância (2001). Em 2001, reuniu seus poemas na antologia Sublunar (1991-2001). Monodrama (2009) é seu mais recente livro de poesia.

É editor desde 1997 da revista de poesia Inimigo Rumor[1] (mesmo título do livro Enemigo Rumor, de Lezama Lima), primeiro em parceria com o poeta Júlio Castañon Guimarães e posteriormente ao oitavo número com o poeta Augusto Massi. É coordenador da coleção de poesia Ás de colete.

Foi contemplado com a Bolsa Vitae de literatura (1994/1995).



Na noite física

(desentranhado de um poema de Charles Peixoto)
A luz do quarto apagada,
na escuridão se destaca
a insônia que nos atraca,
dois gêmeos na bolsa d’água.
Ao despertar levo as marcas
que de noite rabiscavas
em minha pele com a sarna
ávida de tua raiva?
E em você a cega trama
algum mal pôde? ou maltrata
ainda, que penetrava
concha, espádua, gargalhada?
E, em nosso rosto essa raiva
aberta? que estranha lava
é essa que, rubra (baba
de algum diabo), se espalha?
A luz do quarto apagada,
na escuridão se destaca
a fúria que nos atraca,
dois gêmeos na bolsa d’água.


http://www.revista.agulha.nom.br/carli03.html

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