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domenica 6 giugno 2010

Armando Freitas Filho


Armando Freitas Filho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Armando Martins de Freitas Filho (Rio de Janeiro, 1940) é um poeta brasileiro.
Biografia
Foi pesquisador na Fundação Casa de Rui Barbosa, secretário da Câmara de Artes no Conselho Federal de Cultura, assessor do Instituto Nacional do Livro, no Rio de Janeiro, pesquisador na Fundação Biblioteca Nacional, assessor no gabinete da presidência da Funarte, onde se aposentou.

Em 2003 publicou Máquina de escrever — poesia reunida e revista (1963–2003), onde comemora 40 anos de carreira. Recebeu, em 1986, com o livro 3x4, o prêmio Jabuti e em 2000, com o livro Fio terra, o prêmio Alphonsus de Guimaraens, concedido pela Biblioteca Nacional. Em 2001 ganhou a Bolsa Vitae de Artes. Em 2006 publicou Raro mar.

Em 1979, publicou o ensaio Poesia vírgula viva, no livro Anos 70 - Literatura, no qual faz um panorama da poesia brasileira desde os anos 50. É o organizador da obra de Ana Cristina César.

Obras
1963 Palavra, poesia
1966 Dual, poesia
1970 Marca registrada, poesia
1975 De corpo presente, poesia
1979 À mão livre, poesia
1982 Longa vida, poesia
1985 3x4, poesia
1988 De cor, poesia
1991 Cabeça de homem, poesia
1994 Números anônimos, poesia
1997 Duplo cego, poesia
2000 Fio terra, poesia
2003 Máquina de escrever — poesia reunida e revista
2006 Raro mar, poesia
[editar] Prêmios
Ano Competição País Livro Colocação
1986 Prêmio Jabuti Brasil 3x4 Vencedor
2000 Prêmio Alphonsus de Guimaraens Brasil Fio Terra Vencedor
2007 Prêmio Jabuti Brasil Raro Mar 3o. lugar

Referência
COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Armando_Freitas_Filho"
Categorias: Prêmio Jabuti Escritores contemporâneos do Brasil Poetas do Rio de Janeiro Fluminenses da cidade do Rio de Janeiro

http://pt.wikipedia.org/wiki/Armando_Freitas_Filho


Armando Freitas Filho

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Um dia
impossível de lilases.
Uni dia
ou um dilema?
Qual a face da moeda
que resistirá mais tempo
fechada na palma
ao suor da corrosão, à ferrugem
emudecendo uma voz do dueto
para dourar a outra, rim solo
para durar ao sol de um dia inteiro
às voltas com sua própria sombra
num duelo único, unânime
no espelho, longe das luzes dos diademas?
Açucenas: não me lembro
de nenhum céu que me console.
só o que leio a sós
são os segundos sentidos
os açúcares agudos
na véspera do azinhavre
o silencioso rasgado azul
de uma bandeira.

A tarde precipita sua cor
cai, no começo
no princípio da noite
e o que ainda aqui resiste
meio fera, ao precipício
ficou na beira da taça
que não suporta mais
sequer um riso
pois todo cristal está sempre
na iminência, um minuto antes
de partir.


Por barbear
com a cara de encontro ao dia
que espera e arranca
árvores vivas, folhas de guarda
de dentro da noite em claro.
Falso rosto
impossível prever
a variação seguinte
se de sol, se de stress
no espelho sem controle.



Cortaram o que vivia
rente ao risco do chão do chão.
A frio, no açougue
com o machado da chacina.
Mato, no pé da estátua
que se enferruja no céu
e nos canteiros desordenados
razzia a navalha
contra o que ainda respirava pela
raiz.

Falo pela alma
pelo que foge para fora
do concentrado foco do corpo:
rude - com raiva e relva
contra a pele, à contraluz
metade cavalo
pedaço de pedra sem asa
terra-a-terra, e irredutível
falo
com coração e técnica.

http://www.revista.agulha.nom.br/affilho.html

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