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sabato 12 giugno 2010

Augusto Massi


Augusto Massi

Augusto Massi
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Augusto Massi (São Paulo, 1959) é um poeta, professor universitário e editor brasileiro.

Formou-se em jornalismo na PUC-SP e começou sua carreira como crítico literário no jornal Folha de S. Paulo, no começo da década de 1980. No final dessa década fez um dos mais importantes lançamentos editoriais da década, a coleção Claro Enigma, que editou os livros de Francisco Alvim, Sebastião Uchoa Leite, Alberto Alexandre Martins, José Paulo Pais, Alcides Vilaça, Ronaldo Brito, João Moura Júnior, Maria Lúcia Alvim, Orides Fontela, Paulo Henriques Britto, Duda Machado, Age de Carvalho e Rubens Rodrigues Torre Filho. Paralelo aos lançamentos, Massi organizou a série de debates "Artes e ofícios da poesia", que reuniu além de alguns poetas citados, outros como Armando Freitas Filho, Alexei Bueno, Rodrigo Garcia Lopes, cujos depoimentos foram reunidos em livro em 1991. Nesse mesmo ano, lança seu primeiro livro, Negativo, pela Companhia das Letras. Seu segundo livro, Vida errada, veio a público em 2002, pela Coleção Moby Dick, da editora carioca 7 Letras.

Defendeu sua dissertação de mestrado Espacio: inventário e invenção em 1992, e sua tese de doutorado, Militante bissexto: o crítico Prudente de Morais, Neto, em 2004.

Foi organizador de diversos volumes, entre eles a obra reunida de Raul Bopp, e Gaveta de guardados de Iberê Camargo. É editor da revista de poesia Inimigo Rumor[1], ao lado de Carlito Azevedo, bem como da revista Teresa.
Referências
1.↑ Inimigo (em português). 7 Letras. Página visitada em 27 de setembro de 2009.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Massi




Augusto Massi



RONDÓ DA CONSOLAÇÃO




Nossa Senhora da Consolação

Protegei-nos em nossa peregrinação

Ao cruzar tua estéril e única praça,

Teus hotéis baratos, cartórios às traças

E, no Mackenzie, o graffito da mijada.

Consolai



Estendei-nos suas mãos de asfalto

E o refrão que nos toma de assalto

Mal partimos de tua morada.

Consolai



Dissipai minha solidão de pária,

Na tua ampla quadra mortuária,

Bombeiros chamuscados de mistério,

E o vasto paredão do cemitério.

Nossa Senhora da Consolação,

Consolai



Das tarefas fatigantes da errância,

Procuro novas capelas tão em voga,

A santa prostituição de Dona Olga,

Consolai



Olhai, Nossa Senhora das variedades,

Pelo Sujinho, a melhor bisteca da cidade,

Pela longa lista de lojas de lustres,

Pelo Riviera dos anônimos ilustres,

Pelas seis salas do Belas Artes,

Consolai



Vago na multidão que te envenena,

Infortúnios que a miséria encena.

Em qualquer trecho desta rua,

Consolai



Nossa Senhora da Consolação,

Aforismo trágico da contradição,

Bizarra colisão entre vida e arte,

Ruga enraizada no rosto da cidade,

Nosso último verso moderno,

Consolai



http://www.revista.agulha.nom.br/amassi04.html


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