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martedì 29 giugno 2010

Claudio Daniel


Claudio Daniel
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Claudio Daniel (São Paulo, 1962) é um escritor brasileiro.

Seu livro de estréia, Sutra, foi publicado em 1992, época em que o autor trabalhava como revisor do jornal Diário Popular e residia no bairro Bela Vista, em São Paulo, também conhecido como Bexiga. Nessa época, suas leituras poéticas incluíam autores latino-americanos como Olivério Girondo, Vicente Huidobro e César Vallejo, além de João Cabral de Melo Neto e da Poesia Concreta.

Nos anos seguintes, publicou os livros de poesia Yumê (Ciência do Acidente, 1999), A Sombra do Leopardo (Azougue Editorial, 2001, prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira, oferecido pela revista CULT) e Figuras Metálicas (Perspectiva, 2005). Este último título é uma antologia de seus três primeiros livros, mais o inédito Pequenas Aniquilações, que o autor organizou, a convite de Haroldo de Campos, para a coleção Signos.

Claudio Daniel publicou também o volume de contos Romanceiro de Dona Virgo (Lamparina, 2004) e a antologia Na Virada do Século, Poesia de Invenção no Brasil (Landy, 2002, em parceria com Frederico Barbosa). Como tradutor, publicou Jardim de Camaleões, A Poesia Neobarroca na América Latina (Iluminuras, 2004) e coletâneas de autores como o cubano José Kozer, o dominicano Leon Félix Batista, o argentino-peruano Reynaldo Jiménez e os uruguaios Víctor Sosa e Eduardo Milán.

Tem ainda colaborado em diversos jornais e revistas literárias, no Brasil e no exterior, como a Folha de S. Paulo, Suplemento Literário de Minas Gerais, CULT, Coyote, Et Cetera, Crítica (México), Tsé Tsé (Argentina), Serta (Espanha), Docks a Lire (França) e Hispanic Poetry Review (EUA).

Participou também de antologias de poesia contemporânea como Pindorama, 30 Poetas de Brasil, com organização e tradução de Reynaldo Jiménez (in revista Tsé Tsé n. 7/8,Buenos Aires, 2001), New Brasilian and American Poetry, organizada por Flávia Rocha e Edwin Torres (in revista Rattapallax, n. 9, New York, 2003) e Cetrería, Once Poetas de Brasil, organizada e traduzida por Ricardo Alberto Pérez (Ed. Casa de Letras, Havana, 2003). No momento, o autor faz pesquisas sobre poesia africana de língua portuguesa.




Dibujo
(Kundry)


Eco de mandíbulas e parietais em turbulência de ganidos.

Contar
o vento,

cantar a pele
de lontra

serpente bípede
ou pterodáctilo

— para a confluência
de pianos no jardim.

Folha de relva desfolha meu rosto —
milagre da verde

aparição (jade,
o corvo)

em óssea carícia ou trumpete para a trama
de futuros
indecifráveis.

A história sangra dentes-de-dragão fábula muda
ou surda
diáspora

— que não esquece,
nunca irá esquecer.

Eis o drama o libreto dessa ópera configurada
que vira a página
— pétala —
até afogar-se
em ramalhete
de azuis-
leão.






Dibujo
(Klingsor)


Uma figura
de enguia —
palavras
de carbono,
forma esquálida
de garra,
à maneira
simples
de tubérculo.
Dizer
o diamante?
Não, a demência
papilar
traçada
em rocha:
pintura
de mortos,
caligrafia
de grunhidos.
Assim
porque
ferrugem
ou azul-ferrete,
despetalar
os corvos
brancos
— tudo
é tumulto,
gritos
fanhos
na pupila.



http://www.revista.agulha.nom.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/Claudio_Daniel

http://www.revistazunai.com/claudiodaniel/




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