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venerdì 16 luglio 2010

Fagundes Varela


Fagundes Varela
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Se procura o município gaúcho, veja Fagundes Varela (Rio Grande do Sul).


Fagundes Varella

Nome completo Luís Nicolau Fagundes Varella
Nascimento 17 de agosto de 1841
Rio Claro
Morte 18 de fevereiro de 1875 (33 anos)
Niterói
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Poeta

Luís Nicolau Fagundes Varella (Rio Claro, 17 de agosto de 1841 — Niterói, 18 de fevereiro de 1875) foi um poeta brasileiro, patrono na Academia Brasileira de Letras.

Biografia
Filho do magistrado Emiliano Fagundes Varella e de Emília de Andrade, ambos de ricas famílias cariocas.

Poeta romântico e boêmio inveterado, Fagundes Varella foi um dos maiores expoentes da poesia brasileira, em seu tempo. Tendo ingressado no curso de Direito (e frequentado as faculdades de São Paulo e Recife), abandonou o curso no quarto ano. Foi a transição entre a segunda e a terceira geração romântica.

Diria, reafirmando sua vocação exclusiva para a arte, no poema "Mimosa", na boca duma personagem: "Não sirvo para doutor"...

Casando-se muito novo (aos vinte e um anos) com Alice Guilhermina Luande, filha de dono de um circo, teve um filho que veio a morrer aos três meses. Este fato inspirou-lhe o poema "Cântico do Calvário", expressão máxima de seus versos, tão jovem ainda. Sobre estes versos, analisou Manuel Bandeira:

"...uma das mais belas e sentidas nênias da poesia em língua portuguesa. Nela, pela força do sentimento sincero, o Poeta atingiu aos vinte anos uma altura que, não igualada depois, permaneceu como um cimo isolado em toda a sua poesia."
Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente, o menino morreu aos 11 anos.

Embriagando-se e escrevendo, faleceu ainda jovem, vivendo à custa do pai, passando boa parte do tempo no campo, seu ambiente predileto.

Fagundes Varella morreu com 33 anos de idade.

Obras
Noturnas - 1861
Vozes da América - 1864
Pendão Auri-verde - poemas patrióticos, acerca da Questão Christie.
Cantos e Fantasias - 1865
Cantos Meridionais - 1869
Cantos do Ermo e da Cidade - 1869
Anchieta ou O Evangelho nas Selvas - 1875 (publicação póstuma)
Diário de Lázaro - 1880
Em 1878 seu amigo Otaviano Hudson organizou Cantos Religiosos, cuja publicação destinava-se a auxiliar sua viúva e filhas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fagundes_Varela


Fagundes Varela


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A Flor do Maracujá


Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do Sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá !
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá.

Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá.

Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá !

Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá !
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová !
Pela lança ensangüentado
Da flor do maracujá !

Por tudo que o céu revela !
Por tudo que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está !!..
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá !

Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!


Remetente: Alberto Samú

http://www.revista.agulha.nom.br/fvarela.html#flor

VIDA DE FLOR - FAGUNDES VARELLA








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