misabell

free counters

mercoledì 21 luglio 2010

Francisco Alvim


Francisco Alvim
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência (desde Março de 2008).
Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus


Chico Alvim - Francisco Soares Alvim Neto, ou simplesmente Chico Alvim (Araxá, 1938) é poeta e diplomata brasileiro. Iniciou sua carreira no exterior como secretário da representação do Brasil junto à Unesco, em Paris. Foi cônsul-geral do Brasil em Barcelona (1995-1999) e em Roterdão na Holanda (1999-2003). Atualmente é embaixador na Costa Rica.

Chico Alvim estreou em 1968 com o livro de poema O sol dos cegos, que junto de Antonio Carlos de Brito, o Cacaso, marcava o aparecimento do que José Guilherme Merquior chamou de a primeira geração de poetas “pós-vanguardas”. Entre 1969 e 1971 vive em Paris, onde escreve parte de seu livro Passatempo, lançado em 1974 pela coleção Frenesi, que editou também os livros Grupo Escolar, de Cacaso, Corações veteranos, de Roberto Schwarz, Em busca do sete-estrelo, de Geraldo Carneiro, e Motor, de João Carlos Pádua, livros que compõem a chamada poesia marginal, que ganhou publicidade com a antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda. Em 1978, publica Dia sim, dia não, com Eudoro Augusto, e, em 1981 Festa e lago, montanha, que mantinham a marca da produção independente e artesanal do autor.

Em 1981 a editora Brasiliense reuniu seus livros em Passatempo e outros poemas, com o qual granhou o prêmio Jabuti. Em 1988, lança Poesia reunida, que lhe rendeu outro prêmio Jabuti, e em 2000, Elefante, livros depois reunidos em Poemas (1968-2000).


Em silêncio conversemos

Que fazer deste ser
sem prumo
despencado do extremo de um dia e
que o sono não recolheu?

Não não indaguemos
Para que indagar matéria de silêncio
Procurar a nenhuma razão que nos explique
e suavemente nos envolva
em suas turvas paredes protetoras


Nada de perguntas
A campânula rompeu-se
O instante nos ofusca

A quem sobra olhos resta ver
um ser nu a vida pouca
Só dentes e sapatos
de volta para casa

Nem um passo à frente
ou atrás
De pés firmes
o corpo oscilante
neste suave embalo da mágoa
descansemos

1968 - Sol dos cegos




Nessun commento:

Posta un commento