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domenica 18 luglio 2010

Felipe Fortuna


Felipe Fortuna nasceu no Rio de Janeiro, em 1963. Mestre em Literatura Brasileira (PUC/RJ), é poeta e ensaísta, e vem colaborando regularmente naimprensa brasileira. Publicou Ou Vice-Versa (1986), Atrito (1992) e Estante (1997), poemas; A Escola da Sedução (1991) e A Próxima Leitura (2002), crítica literária; Curvas, Ladeiras - Bairro de Santa Teresa (1997) e Visibilidade (2000), ensaios. Traduziu a obra integral da poeta francesa Louise Labé no volume Amor e Loucura (1995). Diplomata, atualmente trabalha em Londres.


http://www.felipefortuna.com

Felipe Fortuna
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Luis Felipe Silvério Fortuna (Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 1963) é poeta, ensaísta e diplomata brasileiro.

Mestre em Literatura Brasileira, vem colaborando regularmente na imprensa. Diplomata, atualmente trabalha em Moscou.

Estreou com o livro de poemas Ou Vice-Versa (1986). Na apresentação do livro, Claudia Roquete-Pinto observou que "a ironia, uma característica da poesia de Felipe Fortuna, e o uso afinado e sutil de paradoxos ("só consigo inventar o que acredito") são os traços que imprimem vigor às suas ambigüidades, e que, mesclados a uma extrema delicadeza de observação, criam momentos de grande força lírica."

Em 1991, publica A Escola da Sedução, reunião de artigos e ensaios, quase todos sobre poesia, primeiramente publicados na imprensa brasileira. A propósito do livro, Otto Lara Resende escreveu que "enquanto analisa e avalia a obra alheia, um pouco ao sabor da circunstância editorial e jornalística, mas sempre de acordo com um padrão apurado e culto, sua crítica tem, compulsiva, a dimensão judicante voltada para o gosto da revisão. (...) Ensaios como o humorismo em Bilac ou o erotismo em João Cabral são desafios de que Felipe Fortuna sai vitorioso, para satisfação do leitor que com ele vê o que não é escancaradamente visível num e noutro poeta."

Publica nova reunião de poemas, Atrito (1992). Para José Paulo Paes, "a linguagem em que vai sendo inventariado ao longo dos vinte e seis poemas de Atrito é suficientemente rica de achados expressivos para que se possa falar, no caso, de uma verdadeira poética da estranheza."

Outro conjunto de poemas é lançado em 1997, Estante. Em entrevista a Adriano Espínola, que assina a apresentação, o autor declarou que na primeira parte do livro "havia a dificuldade de conciliar os poemas que escrevo e os livros que leio com as viagens, a vida diplomática, as responsabilidades profissionais, e estar cercado de tudo aquilo a que se referem os poemas: as cidades, os objetos, até mesmo o futebol. "Poemas da Pele" representa o conjunto da poesia amorosa e erótica, a parte mais propriamente lírica do livro. E "Seres" traz a dicção mítica, em que o poema se apresenta com o menor número possível de referências objetivas."

Com A Próxima Leitura (2002), compila novos ensaios sobre poesia, com destaque para as obras de Cruz e Sousa, Joaquim Cardozo e Elizabeth Bishop. Na avaliação de Antonio Carlos Secchin, "difícil destacar o maior mérito de Fortuna: se o amplo conhecimento da matéria sobre a qual discorre (sem que o peso da erudição se transforme em obstáculo para o leitor), se a poderosa engrenagem argumentativa que sustenta seus juízos, se a qualidade literária de sua prosa, se o destemor com que enfrenta clichês, mitos e nichos bem assentados de nossa república das letras."

Em Seu Lugar (2005) reúne os três livros de poemas anteriores e um livro até então inédito. No prefácio, Sergio Paulo Rouanet assinala que "no caso de Felipe Fortuna, sentimos que o objetivo da obra reunida é outro. O autor não está olhando para trás, mas para frente, acumulando forças, pela visão do caminho percorrido, para novos vôos líricos, cujo caráter sempre incompleto dificulta qualquer balanço."

Felipe Fortuna também publicou os livros Curvas, Ladeiras - Bairro de Santa Teresa (1998) e Visibilidade (2000), de ensaios.

Traduziu a obra integral da poeta renascentista Louise Labé (1522-1566), no volume Amor e Loucura (1995)

Algumas publicações recentes
Entre Vivos e Mortos – Jornal do Brasil, 11.02.2006
Um Senhor Labirinto – Jornal do Brasil, 11.03.2006
Droga de Literatura! – Jornal do Brasil, 26.05.2007
E a Poesia, Morreu de Quê? – Jornal do Brasil, 15.09.2007
Uma Resenha é Uma Resenha é Uma Resenha – Jornal do Brasil, 24.11.2007
Uma Resenha Atrás da Outra – Jornal do Brasil, 08.12.2007
Quando Queimam as Bibliotecas – Jornal do Brasil, 15.03.2008
Onde Está Waly? – Jornal do Brasil, 10.05.2008
Stoppard! C’est Magique! – Jornal do Brasil, 21.06.2008
"Casas de Palavras e Idéias", sobre alguns escritores russos, revista Piauí (n.18)
Ligações externas
Felipe Fortuna - Poesia e Prosa
Entrevista a Gerald Thomas - TV UOL, 31.12.2003
Artigo de Solange Ribeiro de Oliveira sobre os "Poemas para a Aula de Ginástica", publicado na Revista de Letras, jan./jun. 2008
Artigo de Clarisse Fukelman sobre Em Seu Lugar, publicado na revista Sibila
"O Amuleto da Poesia", entrevista ao Jornal do Brasil, 11.06.2005
Entrevista ao Correio Braziliense, 18.06.2005
"O Terromoto Crítico", sobre A Próxima Leitura - revista Época, 26.12.2002
"As Letras Dobradas e Outros Poemas", revista Trópico
Alguns poemas na revista Máquina do Mundo
Artigos em Cronópios, portal de literatura e arte
Jornal de Poesia
"Desconstruindo o que se Vê na Mídia", artigo de Angélica Coutinho sobre Visibilidade - Jornal do Brasil, 27.05.2000
"Meu Caro Felipe Fortuna", artigo de Gabriel Perissé - Armazém Literário, 17.08.2004
"A Hunger for Truth", an article about Carolina Maria de Jesus - The Guardian, February 12, 2005
"Esa Máquina de Emocionar", sobre a edição em espanhol da antologia Piedra Fundamental, de João Cabral de Melo Neto - El Universal, Caracas, 23.03.2000

http://pt.wikipedia.org/wiki/Felipe_Fortuna



Viajar


Viajar todas as vezes
que o corpo precisar
(fabricar a viagem de alguma substância
da glândula).
As lágrimas são uma necessidade,
assim como o suor:
que a viagem também
transforme seu rosto,
regule a temperatura do corpo.

Depois, ir.

Ir suspenso, guiado por tudo
que produzir
os verbos “fazer chegar”.
Muitas curvas, montanhas,
encontrar com surpresa “córrego,
atalho”, tudo levando à mesma viagem
que já deixa memória,
mas está por começar?

Viagem por onde só a família foi,
viagem que tem animais, portas,
nomes de lugares.
E a persistência
enfática:
continuar. Febre, sede.

Depois, voltar?
Induzir a turva reação
de cores prolongadas, e partir
para outro caminho,
à solta.
A viagem repete o viajante,
e ele não nota.


In: Em Seu Lugar (Editora Francisco Alves, 2005)

http://www.revista.agulha.nom.br/ffortuna.html#viajar






Gerald Thomas e Felipe Fortuna from The Dry Opera Co. on Vimeo.

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