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sabato 31 luglio 2010

Heitor Ferraz


Heitor Ferraz
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Heitor Ferraz Mello (Puteaux, França, 1964) é um poeta e jornalista brasileiro. Ferraz passou a infância em São José dos Campos e, aos onze anos, mudou-se para São Paulo. Jornalista, formado pela PUC-SP, colaborou em diversos jornais e revistas da capital paulista, tendo sido editor de livros. É mestre em literatura pela USP, com dissertação sobre o poeta Francisco Alvim, O Rito das calçadas - a poesia de Francisco Alvim. Foi ganhador da Bolsa Vitae em 2000/2001.
Obras
Resumo do Dia (antes chamado Couro de Sapo)(1996)
A Mesma Noite (1997)
Goethe nos Olhos do Lagarto (2001)
Hoje Como Ontem ao Meio-Dia (2002)
Pré-Desperto (2004)
Coisas Imediatas [1996-2004], uma reunião de todos os cinco títulos do autor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heitor_Ferraz
Signo


Todo dia, espero
um pouco mais.
Se caminho pela rua,
nenhuma pedra,
calçada irregular,
solavanco de memória
e estrelas reconduzidas
ao céu posto.

http://www.revista.agulha.nom.br/hferraz.html#signo




venerdì 30 luglio 2010

Hermes Fontes


Hermes Fontes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Hermes Floro Bartolomeu Martins de Araújo Fontes (Boquim, 28 de agosto de 1888 – Rio de Janeiro, a 25 de dezembro de 1930) foi um compositor e poeta brasileiro.
Biografia
Fundou o jornal Estréia, com Júlio Surkhow e Armando Mota, em 1904, no Rio de Janeiro. Formou-se bacharel em direito em 1911, mas não exerceu a profissão. De 1903 ao final da década de 1930 colaborou em periódicos como os jornais Fluminense, Rua do Ouvidor, Imparcial, Folha do Dia, Correio Paulistano, Diário de Notícias e as revistas Careta, Fon-Fon!, Tribuna, Tagarela, Atlântida, entre outras. Foi também caricaturista do jornal O Bibliógrafo. No período, trabalhou como funcionário dos Correios e oficial de gabinete do ministro da Viação. Em 1913 publicou seu primeiro livro de poesia, Gênese. Seguiram-se Ciclo da Perfeição (1914), Miragem do Deserto (1917), Microcosmo (1919), A Lâmpada Velada (1922) e A Fonte da Mata... (1930), entre outros. A poesia de Hermes Fontes é de estética simbolista.
Formação
1896/1898 - Aracaju SE - Estudos no Colégio Alfredo Monte
1903c./1906 - Rio de Janeiro RJ - Estudos no Ginásio Nacional
1906/1911 - Rio de Janeiro RJ - Curso na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro
1911 - Rio de Janeiro RJ - Bacharel em Direito
[editar] Atividades literárias ou culturais
1903/1930c. - Rio de Janeiro RJ - Colaborador dos jornais Fluminense, Rua do Ouvidor, Imparcial, Folha do Dia, Correio Paulistano, Diário de Notícias; e das revistas Careta, Fon-Fon!, Tribuna, Tagarela, Atlântida, Brasil-Revista, Revista das Revistas, América Latina, Revista Souza Cruz. Caricaturista do jornal O Bibliógrafo.
1904 - Rio de Janeiro RJ - Fundador do jornal Estréia, com Júlio Surkhow e Armando Mota.
1916 - Rio de Janeiro RJ - Publicação do livro Juízos Efêmeros (Ed. F. Alves)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermes_Fontes

Anoitecer, na praia
Junto ao mar, as crianças
são mais alegres; as mulheres são
mais harmoniosas,
mais naturais.
E, enquanto a ondulação
das águas marulhosas
arma, em seu ritmo, imprevistas danças
isócronas, mas sempre desiguais;
e a escumilha na praia arma frouxéis de rosas,
efêmeros, sutis, quase irreais;
e as crianças, à beira da água, armam castelos
na úmida areia,
sob os olhos da miss, ou da ama que as ladeia,
e o distraído encanto dos papais;
e os velhos, em seus trajos mais singelos,
sob os toldos velados,
repousados,
sorriem cachimbando,
recordando
coisas imemoriais, —
cada mulher que passa é atávica sereia;
é atávico tritão
cada atleta que emerge à ondulação
da correnteza rejuvenescente;
é atávico tritão
aquele nadador adolescente
ora a subordinar o mar fremente
que resfolega e ondeia,
ao ritmo do seu próprio coração...
(...)
Publicado no livro A Fonte da Mata...: 1830 em 1930 (1930). Poema integrante da série A Fonte.
In: FONTES, Hermes. Poesias escolhidas. Sel. e pref. Oliveira e Silva. Rio de Janeiro: Epasa, 1944. p.338-341. (Coleção de lirismo brasileiro)

http://www.revista.agulha.nom.br/hf.html#anoitecer



giovedì 29 luglio 2010

Haroldo de Campos


Haroldo de Campos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Haroldo de Campos
Nascimento
São Paulo

Haroldo Eurico Browne de Campos (São Paulo, 19 de agosto de 1929 — 16 de agosto de 2003) foi um poeta e tradutor brasileiro. Haroldo fez seus estudos secundários no Colégio São Bento, onde aprendeu os primeiros idiomas estrangeiros, como latim, inglês, espanhol e francês. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no final da década de 1940, lançando seu primeiro livro em 1949, O Auto do Possesso quando, ao lado de Décio Pignatari, participava do Clube de Poesia.

Em 1952, Décio, Haroldo e seu irmão Augusto de Campos rompem com o Clube, por divergirem quanto ao conservadorismo predominante entre os poetas, conhecidos como "Geração de 45". Fundam, então, o grupo Noigandres, passando a publicar poemas na revista do grupo, de mesmo título. Nos anos seguintes defendeu as teses que levariam os três a inaugurar em 1956 o movimento concretista, ao qual manteve-se fiel até o ano de 1963, quando inaugura um trajeto particular, centrando-se suas atenções no projeto do livro-poema "Galáxias".

Haroldo doutorou-se pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, sob orientação de Antonio Candido, tendo sido professor da PUC-SP, bem como na Universidade do Texas, em Austin.

Haroldo dirigiu até o final de sua vida a coleção Signos da Editora Perspectiva. "Transcriou" em português poemas de autores como Homero, Dante, Mallarmé, Goethe, Mayakovski, além de textos bíblicos, como o Gênesis e o Eclesiastes. Publicou, ainda, numerosos ensaios de teoria literária, entre eles A Arte no Horizonte do Provável (1969).

Faleceu em São Paulo, tendo publicado, pouco antes, sua transcriação em português da Ilíada, de Homero.

Obras
Xadrez de Estrelas (1976)
Signância: Quase Céu (1979)
Galáxias (1984)
A Educação dos Cinco Sentidos (1985)
Crisantempo (1998)
A Máquina do Mundo Repensada (2001)
[editar] Prêmios e homenagens
Sua biografia foi incluída na Enciclopédia Britânica em 1997.

Foi o ganhador do Premio Octavio Paz de Poesía y Ensayo, no México, em 1999.

Nesse mesmo ano, as Universidades de Yale e de Oxford organizaram conferências sobre sua obra em comemoração de seus setenta anos.

Foi vencedor do prêmio Jabuti em 1991, 1993, 1994, 1999 e 2002.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Haroldo_de_Campos

http://www2.uol.com.br/augustodecampos/biografia.htm




Transideração
Ungaretti Conversa com Leopardi

Um leão: ruivando arde —
na voz do leão — Leopardi
(céu noturno em Recanati)
virando constelação:
Odi, Melisso... E o leão
resgata a um fausto de estrelas
caídas, a lua jamais cadente
e a Ursa, magas centelhas.
Depois, o leão (a Leopardi
tendo dado o que lhe cabe)
passa a medir o infinito
ou desmedi-lo: ao longe
daquela estrela (tão longe)
ao longe daquela estrela.



Remetente : Cláudio Daniel

http://www.revista.agulha.nom.br/hi05.html

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mercoledì 28 luglio 2010

G

Dancin' Baby G! -- powered by flowgo.com


http://www.flowgo.com/funny/11849_dancin-baby-g.html

Guimarães Passos


Guimarães Passos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nome completo Sebastião Cícero dos Guimarães Passos
Nascimento 22 de março de 1867
Maceió
Morte 9 de setembro de 1909 (42 anos)
Paris
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Poeta

Sebastião Cícero dos Guimarães Passos (Maceió, 22 de março de 1867 — Paris, 9 de setembro de 1909) foi um poeta brasileiro.

Compareceu às reuniões de instalação da Academia Brasileira de Letras, onde criou a cadeira 26, que tem como patrono Laurindo Rabelo.

Era filho do major Tito Alexandre Ferreira Passos e de Rita Vieira Guimarães Passos. Seu avô, José Alexandre dos Passos, fora advogado e professor, dedicado também ao estudo de questões vernáculas. Guimarães Passos fez seus estudos primários e os preparatórios em Alagoas. Aos 19 anos foi para o Rio de Janeiro, onde se juntou aos jovens boêmios da época. Era a idade de ouro da boemia dos cafés, e não poderia haver melhor ambiente para o espírito do poeta. Entrou para a redação dos jornais, fazendo parte do grupo de Paula Ney, Olavo Bilac, Coelho Neto, José do Patrocínio, Luís Murat e Artur Azevedo. Colaborou com a Gazeta da Tarde, a Gazeta de Notícias, A Semana. E nas suas colunas ia publicando crônicas e versos. Nos vários lugares em que trabalhou, escrevia também sob pseudônimos: Filadelfo, Gill, Floreal, Puff, Tim e Fortúnio.

Foi também arquivista da Secretaria da Mordomia da Casa Imperial. Com a proclamação da República, e extinta essa repartição, Guimarães Passos perdeu o lugar e passou a viver unicamente de seus trabalhos jornalísticos. Com a declaração da revolta de 6 de setembro de 1893, aderiu ao movimento. Fez parte do governo revolucionário instalado no Paraná, e lutou contra Floriano Peixoto. Vencida a revolta, conseguiu fugir. Exilou-se em Buenos Aires durante 18 meses. Lá colaborou nos jornais La Nación e La Prensa e fez conferências sobre temas literários relacionados ao Brasil.

Em 1896, de volta do exílio, foi um dos primeiros poetas chamados para formar a Academia Brasileira de Letras. Escolheu para seu patrono outro boêmio, o poeta Laurindo Rabelo. Encontrou, no Rio de Janeiro, a sua geração inteiramente transformada. Alguns dos antigos companheiros encontravam-se agora em postos bem remunerados, eram reconhecidos, enquanto ele permanecia como o último boêmio. Ficou doente de tuberculose e, não conseguindo melhoras no Brasil, partiu para a ilha da Madeira e, daí, para Paris, onde veio a falecer, em 1909. Só em 1921, a Academia Brasileira conseguiu fazer trasladar os restos mortais para o Brasil. Para aqui vieram acompanhados dos de Raimundo Correia, falecido em Paris em 1911.

Poeta parnasiano, lírico e, às vezes, um pouco pessimista, Guimarães Passos foi também humorista na sua colaboração para O Filhote, reunida depois no livro Pimentões, que publicou de parceria com Olavo Bilac. Ao tratar de Versos de um simples, José Veríssimo viu nele o "poeta delicado, de emoção ligeira e superficial, risonho, de inspiração comum, mas de estro fácil, como o seu verso, natural e espontâneo, poeta despretensioso, poeta no sentido popular da palavra".

Obras
Versos de um simples (1891)
Hipnotismo (1900)
Horas mortas (1901)
Dicionário de rimas, com Olavo Bilac (1905)
Tratado de versificação, com Olavo Bilac (1905)


http://pt.wikipedia.org/wiki/Guimar%C3%A3es_Passos

Pubescência



Ei-la! Chega ao jardim, que estava triste,
Porque a sua alegria ausente estava,
E ela, que em vê-lo dantes se alegrava,
Agora a toda a tentação resiste.


Seria outra alma, pensa, que a animava ?
Por que um desejo que a persegue insiste?
Qualquer cousa que ignora, mas que existe,
Pulsa-lhe ao coração que não pulsava.


Triste cismando segue, e em frente à fonte:
— Um sátiro, de cuja boca escorre
Um fino fio d'água transparente,


Ri-se dos cornos que lhe vê na fronte,
Os lábios cola aos dele, e porque morre
De sede, bebe alucinadamente...



http://www.revista.agulha.nom.br/gpa01.html




martedì 27 luglio 2010

Guilherme de Almeida


Guilherme de Almeida
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nascimento 24 de julho de 1890
Campinas
Morte 11 de julho de 1969 (78 anos)
São Paulo
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Jurista, jornalista, escritor, poeta

Guilherme de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890 — São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro. Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês haikai no Brasil.

Filho de Estevão de Araújo Almeida[1], professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade.

Foi casado com Belkiss (Baby) Barroso de Almeida, filha de Zózimo Barroso do Amaral, de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina de Queirós Aranha,[2], com geração.

Foi seu irmão, Tácito de Almeida (Campinas, 1899 - São Paulo, 1940). Bacharel em direito, político, jornalista, poeta, escritor, importante participante da Semana de Arte Moderna de 22. Um dos poemas de Guilherme de Almeida, A Carta Que Eu Sei de Cor, presente em seu livro "Era uma vez", foi declamado na Faculdade de Letras de Coimbra, em 1930, na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil" (publicada na página 3 do Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, domingo, 11 de janeiro de 1931)pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Manoel de Souza Pinto. Combatente da Revolução Constitucionalista de 1932, tendo sido um dos fundadores da Escola de Sociologia e Política de SP, onde lecionou Ciência Política.(geneall.net: [1])

Combatente na Revolução Constitucionalista de 1932, foi homenageado com a Medalha da Constituição, instituida pela Assembléia Legislativa de São Paulo.. Sua obra maior de amor a São Paulo foi seu poema Nossa Bandeira. Ainda, o poema Moeda Paulista e a pungente Oração ante a última trincheira. É proclamado "O poeta da Revolução de 32".

É de sua autoria a belíssima letra da Canção do Expedicionário com música de Spartaco Rossi, referente à participação dos "pracinhas brasileiros" na Segunda Guerra Mundial.

Autor da letra do Hino da Televisão Brasileira, executado quando da primeira transmissação da Rede Tupi de Televisão, realizada por mérito de seu concunhado, o jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, que foi casado com Maria Henriqueta Barroso do Amaral.

Foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.

Guilherme de Almeida pertenceu só episodicamente do movimento de 1922. Não bastasse sua produção poética, suas atitudes comprovam essa afirmação: foi o primeiro "modernista" a entrar para a Academia Brasileira de Letras (1930). Em 1958, foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros" (depois de Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano).

Encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, ao lado de Ibrahim de Almeida Nobre, o "Tribuno de 32", dos despojos dos jovens conhecidos pela sigla M.M.D.C. (Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade), e do caboclo Paulo Virgínio.

Museu Casa Guilherme de Almeida
Tudo começou em 1946, quando Guilherme de Almeida mudou-se para um belo sobrado na rua Macapá, 187, em Perdizes (bairro de São Paulo), São Paulo.[3] Era chamado carinhosamente por ele como a "Casa da Colina". E ele a descreveu: "A casa na colina é clara e nova. A estrada sobe, pára, olha um instante e desce". Nela, o poeta viveu até 1969 e nela faleceu. Lá, os saraus eram bem animados, como lembra o poeta Paulo Bomfim. Também estavam sempre presentes os amigos Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Noemia Mourão, René Thiollier e tantos outros. A casa, em 1979, tornou-se o Museu Casa Guilherme de Almeida, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, tendo sido "tombado como museu biográfico e literário" pelo Conpresp, em maio de 2009. O museu conta com importante acervo de obras de arte: quadros de Di Cavalcanti, Lasar Segall e Anita Malfatti, as primeiras edições dos livros do poeta, entre seis mil volumes no total, além de mobiliário, peças pessoais e relíquias da Revolução de 1932

Ronaldo! Ronaldo!

Obras do autor
Poesia
1917 – Nós – capa e ilustrações de Correia Dias, oficinas de "O Estado de São Paulo".
1919 – A Dança Das Horas – capa e ilustrações de Di Cavalcanti, seção de obras de "O Estado de São Paulo".
1919 - Messidor – capa de J. Wasth Rodrigues, oficinas da Casa Editora O Livro.
1920 – Livro de Horas de Soror Dolorosa – capa e ilustrações de J. Wasth Rodrigues, oficinas de "O Estado de São Paulo".
1922 – Era Uma Vez… - com desenhos de John Graz, edição de propriedade do Autor, impressa nas oficinas da Casa Mayença, S. Paulo.
1924 – A Frauta Que Eu Perdi – edição do Anuário do Brasil, Rio de Janeiro.
1925 – Meu – capa de Paim, propriedade do Autor, impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
1925 - A Flor Que Foi um Homem (Narciso) – capa e desenhos de J. Wasth Rodrigues, Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
1925 - Encantamento – capa de Correia Dias, Livraria do Globo e Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
1925 - Raça – impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
1929 – Simplicidade – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
1931 – Carta À Minha Noiva – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
1931 - Você – com desenhos de Anita Malfatti, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
1932 – Cartas Que Eu Não Mandei – Editora Guanabara, Rio de Janeiro.
1938 – Acaso - (reconstituição de ornatos e letras ao gosto vitoriano, século XIX), Cia. Editora Nacional, São Paulo.
1941 – Cartas Do Meu Amor – capa e desenhos de Noêmia, Livraria Martins Editora, São Paulo.
1947 – Poesia Vária – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo.
1951 – O Anjo De Sal – Edições Alarico, São Paulo.
1954 – Acalanto De Bartira – capa de Renato Zamboni, vinhetas de abertura e fecho de Brecheret e ornatos de Guidal, execução gráfica de Elvino Poccai, São Paulo.
1956 – Camoniana – com apresentação de Afrânio Peixoto, para a coleção Rubáiyát, da Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
1957 – Pequeno Romanceiro – com desenhos de Gomide e letras de Abigail, Livraria Martins Editora, São Paulo.
1961 – Rua – com fotografias de Eduardo Ayrosa, Livraria Martins Editora, São Paulo.
1965 – Rosamor – com capa de Zamboni e ilustrações de Noêmia, Livraria Martins Editora, São Paulo.
1968 – Os Sonetos De Guilherme de Almeida – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo.
Poesia (traduções)
1932 – Eu e Você – tradução do Toi et Moi, de Paul Géraldy, ilustrações de Darcy Penteado, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
1923 – O Gitanjali – de Rabindranath Tagore, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
1936 – Poetas De França – edição bilingüe, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
Suíte Brasileira – terceira parte do livro de Luc Durtain Quatre Continents, coleção do Departamento Municipal de Cultura, São Paulo.
1939 – O Jardineiro – de Rabindranath Tagore, capa de Santa Rosa, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
1943 – O Amor de Bilitis (algumas canções) – de Pierre Louÿs, coleção Rubáiyát, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
1944 – Flores Da Flores Do Mal – de Charles Baudelaire, edição bilingüe, carvões de Quirino, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
Paralelamente a Paul Verlaine – desenhos de Dorca, edição bilingüe, Livraria Martins Editora, São Paulo.
1965 – Festival, de Simon Tygel, edição bilingüe, com nus de Gomide.
Arcanum, de Niles Bond.
1967 – Os Frutos Do Tempo (Les Fruits du Temps) – de Simon Tygel, edição bilingüe, com capa de Renato Zamboni.

Seleção de poemas e poesia completa
1931 – POEMAS ESCOLHIDOS, Editores Waissman, Reis e Cia. Ltda., Rio de Janeiro. *1944 – TEMPO, com prefácio de Jamil Almansur Haddad e ilustrações de Quirino, Editora Flama Ltda., São Paulo.
1952 – TODA A POESIA (1ª edição), seis volumes, Livraria Martins Editora, São Paulo.
1967 – MEUS VERSOS MAIS QUERIDOS, Edições de Ouro, Rio de Janeiro.
Teatro
1916 – MON COEUR BALANCE e LEUR AME, escritas em colaboração com Oswald de Andrade, Tipografia Asbahr, São Paulo.
1921 – SCHEHERAZADA, um ato em versos, publicado em Toda a Poesia, Livraria Martins Editora, São Paulo, 1952 (1ª edição).
1939 – O ESTUDANTE POETA, escrita em colaboração com Jaime Barcelos, inédito.
Teatro (traduções)
1950 – ENTRE QUATRO PAREDES (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre, edição do autor, impressa na Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
1952 – A ANTÍGONE, transcrição da tragédia de Sófocles, edição bilingüe, Edições Alarico, São Paulo.
1954 – NA FESTA DE SÃO LOURENÇO, tradução em versos, nas partes tupi e castelhana, do Auto de José de Anchieta, segundo o texto de Maria de Lourdes de Paula Martins, editado pela Comissão do IV Centenário de São Paulo.
1965 – HISTÓRIA DE UMA ESCADA (Historia de una Escalera), de Antonio Buero Vallejo, Editora Vozes Ltda., Petrópolis.
Teatro (traduções inéditas)
A IMPORTÂNCIA DE SER PRUDENTE (The Importance of Being Ernest), de Oscar Wilde. *ORFEU (Orphée), de Jean Cocteau.
LEMBRANÇAS DE BERTA (Hello from Bertha), de Tennesse Williams.
EURÍDICE (Eurydice), de Jean Anouilh.
Prosa
1924 – NATALIKA, edição da Candeia Azul, Rio de Janeiro.
1926 – DO SENTIMENTO NACIONAL NA POESIA BRASILEIRA, tese de concurso, Tipografia da Casa Garraux, São Paulo.
1926 - RITMO, ELEMENTO DE EXPRESSÃO, tese de concurso. Tipografia da Casa Garraux, São Paulo.
1929 – GENTE DE CINEMA, I Série, Sociedade Impressora Paulista, São Paulo.
1933 – O MEU PORTUGAL, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
1935 – A CASA, palestra pronunciada no salão do Clube Piratininga e dedicada aos alunos do Ginásio Bandeirantes, Tipografia do Instituto D. Ana Rosa, São Paulo.
1944 - GONÇALVES DIAS E O ROMANTISMO, conferência realizada na Academia Brasileira de Letras, impressa na Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
1948 – HISTÓRIAS, TALVEZ..., Edições Melhoramentos, São Paulo.
1948 - AS PALAVRAS DE BUDA, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
1953 – BAILE DE FORMATURA, ilustrações de Renato Zamboni, editado pelo Departamento de Saúde do Estado de São Paulo.
1961 – JORNAL DE UM AMANTE, do Journal d’un Amant, de Simon Tygel.
1962 – COSMÓPOLIS, São Paulo/29, oito reportagens de Guilherme de Almeida, carvões de Gomide, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
Literatura infantil
1941 – O SONHO DE MARINA, texto de Guilherme de Almeida, com ilustrações de Dorca, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1941 – JOÃO PESTANA, de Hans Christian Andersen, com ilustrações de Dorca, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1942 – JOÃO FELPUDO, de Heinrich Hoffmann, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1943 – PINOCCHIO, de Carlo Collodi, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1943 - O CAMUNDONGO E OUTRAS HISTÓRIAS, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1943 - COROCOCÓ E CARACACÁ, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1943 - O FANTASMA LAMBÃO, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1946 – A MOSCA, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1946 - UMA ORAÇÃO DE CRIANÇA, de Rachel Field, com desenhos de Elisabeth Orton Jones, Edições Melhoramentos, São Paulo.
1949 – A CARTOLA, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
Heráldica
Autor de brasões-de-armas das seguintes cidades: São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP).
Referências
1.↑ Pela grafia original do nome, Estevam de Araujo Almeida.
2.↑ Pela grafia original do nome, Marina de Queiroz Aranha.
3.↑ Blog do Metrópole - O Estado de S.Paulo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Almeida




O Idílio suave


Chegas. Vens tão ligeira
e és tão ansiosamente esperada, que enfim,
nem te sentindo o passo e já te tendo inteira,
completamente em mim,
quando, toda Watteau, silenciosa, apareces,
é como se não viesses.


Vens... E ficas tão perto
de mim, e tão diluída em minha solidão,
que eu me sinto sozinho e acho imenso e deserto
e vazio o salão...
E, sem te ouvir nem ver, arde-me em febre a face,
como se eu te esperasse!


Partes. Mas é tão pouco
o que de ti se vai que ainda te vejo o arfar
do seio, e o teu cabelo, e o teu vestido louco,
e a carícia do olhar,
e a tua boca em flor a dizer-me doidices,
como se não partisses!


http://www.revista.agulha.nom.br/gu1.html#oilidio





lunedì 26 luglio 2010

Gregório de Matos


Gregório de Matos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nascimento 23 de dezembro de 1636
Salvador
Morte 26 de novembro de 1695 (aos 58 anos)
Recife
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Advogado e poeta
Escola/tradição Barroco

Gregório de Matos e Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 1636[1] — Recife, 26 de novembro de 1695),[2] alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil Colônia. É considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período.[3]


Biografia
Gregório nasceu numa família com o poder financeiro alto em comparação a época, empreiteiros de obras e funcionários administrativos (seu pai era português, natural de Guimarães). Legalmente, a nacionalidade de Gregório de Matos era portuguesa, já que o Brasil só se tornaria independente no século XIX.

Em 1642 estudou no Colégio dos Jesuítas, na Bahia. Em 1650 continua os seus estudos em Lisboa e, em 1652, na Universidade de Coimbra onde se forma em Cânones, em 1661. Em 1663 é nomeado juiz de fora de Alcácer do Sal, não sem antes atestar que é "puro de sangue", como determinavam as normas jurídicas da época.

Em 27 de janeiro de 1668 teve a função de representar a Bahia nas cortes de Lisboa. Em 1672, o Senado da Câmara da Bahia outorga-lhe o cargo de procurador. A 20 de janeiro de 1674 é, novamente, representante da Bahia nas cortes. É, contudo, destituído do cargo de procurador.

Em 1679 é nomeado pelo arcebispo Gaspar Barata de Mendonça para Desembargador da Relação Eclesiástica da Bahia. D. Pedro II, rei de Portugal, nomeia-o em 1682 tesoureiro-mor da Sé, um ano depois de ter tomado ordens menores. Em 1683 volta ao Brasil.


Frontispício de edição de 1775 dos poemas de Gregório de Matos.O novo arcebispo, frei João da Madre de Deus destitui-o dos seus cargos por não querer usar batina nem aceitar a imposição das ordens maiores, de forma a estar apto para as funções de que o tinham incumbido.

Começa, então, a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal"). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e, mesmo, sagrados.

Entre os seus amigos encontraremos, por exemplo, o poeta português Tomás Pinto Brandão.

Em 1685, o promotor eclesiástico da Bahia denuncia os seus costumes livres ao tribunal da Inquisição (acusa-o, por exemplo, de difamar Jesus Cristo e de não mostrar reverência, tirando o barrete da cabeça quando passa uma procissão). A acusação não tem seguimento.

Entretanto, as inimizades vão crescendo em relação direta com os poemas que vai concebendo. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do Governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho), e correndo o risco de ser assassinado é deportado para Angola.

Como recompensa de ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebe a permissão de voltar ao Brasil, ainda que não possa voltar à Bahia. Morre em Recife, com uma febre contraída em Angola. Porém, minutos antes de morrer, pede que dois padres venham à sua casa e fiquem cada um de um lado de seu corpo e, representando a si mesmo como Jesus Cristo, alega "estar morrendo entre dois ladrões, tal como Cristo ao ser crucificado".


Alcunha
A alcunha boca do inferno foi dada a Gregório por sua ousadia em criticar a Igreja Católica, muitas vezes ofendendo padres e freiras. Criticava também a "cidade da Bahia", ou seja, Salvador, como neste soneto:

A cada canto um grande conselheiro.
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um frequentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
Em honra do poeta, o título Boca do Inferno foi adotado para as crónicas humorísticas de Ricardo Araújo Pereira, outro humorista português.


Obra
Em 1850, o historiador Francisco Adolfo Varnhagen publicou 39 dos seus poemas na colectânea Florilégio da Poesia Brasileira (em Lisboa).

Afrânio Peixoto edita a restante obra, de 1923 a 1933, em seis volumes a cargo da Academia Brasileira de Letras, excepto a parte pornográfica que aparecerá publicada, por fim, em 1968, por James Amado.

A sua obra tinha um cunho bastante satírico e moderno para a época, além de chocar pelo teor erótico, de alguns de seus versos.

Entre seus grandes poemas está o "A cada canto um grande conselheiro", no qual critica os governantes da "cidade da Bahia" de sua época. Esta crítica é, no entanto, atemporal e universal - os "grandes conselheiros" não são mais que os indivíduos (políticos ou não) que "nos quer(em) governar cabana e vinha, não sabem governar sua cozinha, mas podem governar o mundo inteiro". A figura do "grande conselheiro" é a figura do hipócrita que aponta os pecados dos outros, sem olhar aos seus. Em resumo, é aquele que aconselha mas não segue os seus preceitos.


Poemas
Pica-Flor
Anjo bento
Senhora Dona Bahia
Descrevo que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia
Finge que defende a honra da cidade e aponto os vícios
Define sua cidade
A Nossa Senhora da Madre de Deus indo lá o poeta
Ao mesmo assunto e na mesma ocasião
Ao braço do mesmo Menino Jesus quando appareceo
A NSJC com actos de arrependido e suspiros de amor
Ao Sanctissimo Sacramento estando para comungar
A S. Francisco tomando o poeta o habito de terceyro
No dia em que fazia anos
impaciência do poeta
Buscando a cristo
Soneto - Carregado de mim ando no mundo,
Soneto I - À margem de uma fonte, que corria
Soneto II - Na confusão do mais horrendo dia
Soneto III - Ditoso aquele, e bem-aventurado
Soneto IV - Casou-se nesta terra esta e aquele
Soneto V - Bote a sua casaca de veludo,
Soneto VI - A cada canto um grande conselheiro
Triste bahia
[editar] Na cultura
[editar] Cinema
A cineasta Ana Carolina filmou uma obra sobre Gregório de Matos interpretado por Waly Salomão.

Referências
1.↑ Fundação Gregório de Mattos
2.↑ Gregório de Matos e Guerra. Uma visita ao poeta. Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia. Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia. Fundação Casa de Jorge Amado.
3.↑ Gregório de Matos e Guerra. Notação Biográfica, por Fernando da Rocha Peres.
[editar] Ligações externas
Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (em português)
Fundação Gregório de Matos
Biografia e obras de Gregório de Matos no Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística
Obras Poéticas de Gregório de Matos
Memória Viva de Gregório de Matos
Jornal da Poesia - Gregório de Matos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Greg%C3%B3rio_de_Matos

Anjo Bento
Destes que campam no mundo

Sem ter engenho profundo

E, entre gabos dos amigos,

Os vemos em papafigos

Sem tempestade, nem vento:





Anjo Bento!



De quem com letras secretas

Tudo o que alcança é por tretas,

Baculejando sem pejo,

Por matar o seu desejo,

Desde a manhã té à tarde:



Deus me guarde!





Do que passeia farfante,

Muito prezado de amante,

Por fora luvas, galões,

Insígnias, armas, bastões,

Por dentro pão bolorento:



Anjo Bento!





Destes beatos fingidos,

Cabisbaixos, encolhidos,

Por dentro fatais maganos,

Sendo nas caras uns Janos:

Que fazem do vício alarde:



Deus me guarde!





Que vejamos teso andar

Quem mal sabe engatinhar,

Muito inteiro e presumido,

Ficando o outro abatido

Com maior merecimento:



Anjo Bento!





Destes avaros mofinos,

Que põem na mesa pepinos,

De toda a iguaria isenta,

Com seu limão e pimenta,

Porque diz que o queima e arde:



Deus me guarde!


http://www.revista.agulha.nom.br/grego01.html





domenica 25 luglio 2010

Gonçalves Dias


Gonçalves Dias
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Nome completo Antônio Gonçalves Dias
Nascimento 10 de agosto de 1823
Caxias
Morte 3 de novembro de 1864 (41 anos)
Guimarães
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Poeta e teatrólogo

Antônio Gonçalves Dias (Caxias, 10 de agosto de 1823 — Guimarães, 3 de novembro de 1864) foi um poeta e teatrólogo brasileiro.

Biografia
Nascido em Caxias (Maranhão), era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.

Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular.

Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.

No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária.


Litografia de Gonçalves Dias em rótulo de cigarro.Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.

Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.

Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu nos baixios de Atins, perto da vila de Guimarães no Maranhão.

Sua obra pode ser enquadrada no Romantismo. Procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo.Por sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.

O grande amor: Ana Amélia

Retrato de Gonçalves Dias.Por ocasião da elaboração da antologia poética da fase romântica, elaborada por Manuel Bandeira, Onestaldo de Pennafort gentilmente escreveu a nota que segue, retirada daquela obra e aqui transcrita:

" A poesia "Ainda uma vez --adeus,--" bem como as poesias "Palinódia e "Retratação" -- foram inspiradas por Ana Amélia Ferreira do Vale, cunhada do Dr. Teófilo Leal, ex-condiscípulo do poeta em Portugal e seu grande amigo.

" Gonçalves Dias viu-a pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era uma menina quase, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias "Seus olhos" e "Leviana". Vindo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a S. Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça de 46 se fizera mulher, no pleno esplendor da sua beleza desabrochada. O encantamento de outrora se transformou em paixão ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família.

" A família da linda Don`Ana -- como lhe chamavam -- tinha o poeta em grande estima e admiração. Mais forte, porém, do que tudo era naquele tempo no Maranhão o preconceito de raça e casta. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento.

" Por seu lado o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor ou à amizade, preferiu sacrificar aquela a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que revela nos mínimos atos de sua vida. Partiu para Portugal. Renúncia tanto mais dolorosa e difícil por que a moça que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobrou em carta, dura e amargamente, por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la!

" E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Don`Ana, por capricho e acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações.

" Foi aí, em Lisboa, num jardim público, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado àquela que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs de um jato as estrofes de "Ainda uma vez -- adeus --" as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue."

Julgamento crítico
De Alexandre Herculano
"Os primeiros cantos são um belo livro; são inspirações de um grande poeta. A terra de Santa Cruz, que já conta outros no seu seio, pode abençoar mais um ilustre filho. O autor, não o conhecemos; mas deve ser muito jovem. Tem os defeitos do escritos ainda pouco amestrado pela experiência: imperfeições de língua, de metrificação, de estilo. Que importa? O tempo apagará essas máculas, e ficarão as nobres inspirações estampadas nas páginas deste formoso livro.

Abstenho-me de outras citações, que ocupariam demasiado espaço, não posso resistir à tentação de transcrever das Poesias Diversas uma das mais mimosas composições líricas que tenho lido na minha vida. (Aqui vinha transcrita a poesia Seus Olhos.) Se estas poucas linhas, escritas de abundância de coração, passarem, os mares, receba o autor dos Primeiros Cantos testemunho sincero de simpatia, que não costuma nem dirigir aos outros elogios encomendados nem pedi-los para si" ("Futuro Literário de Portugal e do Brasil" em Revista Universal Lisbonense, t.7,pág. 7 ano de 1847-1848)

De José de Alencar
"Gonçalves Dias é o poeta nacional por excelência: ninguém lhe disputa na opulência da imaginação, no fino lavor do verso, no conhecimento da natureza brasileira e dos seus costumes selvagens" ( Iracema)

De Machado de Assis
"Depois de escrita a revista, chegou a notícia da morte de Gonçalves Dias, o grande poeta dos Cantos e dos Timbiras. A poesia nacional cobre-se, portanto, de luto. Era Gonçalves Dias o seu mais prezado filho, aquele que de mais louçania a cobriu. Morreu no mar-túmulo imenso para talento. Só me resta espaço para aplaudir a ideia que se vai realizar na capital do ilustre poeta. Não é um monumento para Maranhão, é um monumento para o Brasil. A nação inteira deve concorrer para ele. (Crônicas em Diário do Rio de Janeiro, de 9 de novembro de 1894.)

Cronologia
1823 - 10 de agosto: Nasce no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá, a 14 léguas da vila de Caxias, Antônio Gonçalves Dias. Filho do comerciante João Manuel Gonçalves Dias, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, maranhense.
1830 - É matriculado na aula de primeiras letras do Prof. José Joaquim de Abreu.
1833 - Começa a servir na loja do pai como caixeiro e encarregado da escrituração.
1835 - É retirado da casa comercial e matriculado no curso do Prof. Ricardo Leão Sabino, onde principia a estudar latim, francês e filosofia.
1838 - Parte para São Luís, onde embarcará para Portugal; chega em outubro a Coimbra e entra para o Colégio das Artes.
1840 - 31 de outubro: Matricula-se na Universidade.
1845 - Embarca no Porto para São Luís, aonde chega em março, partindo no dia 6 para Caxias.
1846 - Embarca para o Rio de Janeiro.
1847 - Aparecem os Primeiros Cantos, trazendo no frontispício a data de 1846.
1848 - Aparecem os Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão.
1849 - É nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II.
1851 - Publicação dos Últimos Cantos.
1852 - É nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros
1854 - Parte para Europa.
1856 - Viagem à Alemanha. É nomeado chefe da seção de Etnografia da Comissão Científica de Exploração.
1857 - O livreiro-editor Brockhaus, de Dresda, edita os Cantos, os primeiros quatro cantos do poema Os Timbiras e o Dicionário da Língua Tupi.
1859 - 1861 - Trabalhos da Comissão no interior do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará e Amazonas, chegando até Mariná, no Peru.
1862 - Parte para o Maranhão, mas no Recife, depois de consultar médico, resolve embarcar para Europa.
1862 - 22 de agosto: É desligado da comissão Científica de Exploração.
1862 - 1863 - Estação de cura em Vicky. Marienbad, Dresda, Koenigstein, Teplitz e Carlsbad. Em Bruxelas sofre a operação de amputação da campainha.
1863 - 25 de outubro: Embarca em Bordéus para Lisboa, onde termina a tradução de A noiva de Messina, de Schiller.
1864 - Fins de Abril: Volta a Paris. Estações de cura em Aix-ls-Bains, Allevard e Ems (Maio, junho e julho).
1864 - 10 de setembro: Embarca o Poeta no Haver no navio Ville de Boulogne. Piora em viagem
1864 - 3 de novembro: Naufrágio nas costas do Maranhão e morte de Gonçalves Dias.
[editar] Obras
1843: Canção do exílio
1843: Patkull
1846: Primeiros cantos
1846: Meditação
1846: O Brazil e Oceania (prosa)
1848: Segundos Cantos
1848: As sextilhas de Frei Antão
1846: Seus Olhos
1857: Os timbiras
1851: I-Juca-Pirama
1858: Dicionário da Língua Tupi chamada língua geral dos indígenas do Brasil
1859: Segura o Índio Louco
Bibliografia
Montello, J. Para conhecer melhor Gonçalves Dias. Rio de Janeiro: Block. 1973. 138 p.
Brait, B. Gonçalves Dias. São Paulo: Nova Cultural. 1988 (Literatura Comentada)
Ligações externas
Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (em português)
Poemas de Gonçalves Dias
Obra completa de Gonçalves Dias na Brasiliana Digital


http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_Dias


Se te amo, não sei!


Amar! se te amo, não sei.
Oiço aí pronunciar
Essa palavra de modo
Que não sei o que é amar.


Se amar é sonhar contigo,
Se é pensar, velando, em ti,
Se é ter-te n'alma presente
Todo esquecido de mim!


Se é cobiçar-te, querer-te
Como uma bênção dos céus
A ti somente na terra
Como lá em cima a Deus;


Se é dar a vida, o futuro,
Para dizer que te amei:
Amo; porém se te amo
Como oiço dizer, — não sei.


————


Sei que se um gênio bom me aparecesse
E tronos, glórias, ilusões floridas,
E os tesouros da terra me oferecesse
E as riquezas que o mar tem escondidas;


E do outro lado — a ti somente, — e o gozo
Efêmero e precário — e após a morte;
E me dissesse: "Escolhe" — oh! jubiloso,
Exclamara, senhor da minha sorte! —


"Que tesouro na terra há i que a iguale?
Quero-a mil vezes, de joelhos — sim!
Bendita a vida que tal preço vale,
E que merece de acabar assim!"


Manaus - 25 de junho de 1861.

http://www.revista.agulha.nom.br/gdias05.html#amo



sabato 24 luglio 2010

Gonçalves de Magalhães


Gonçalves de Magalhães
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nascimento 13 de agosto de 1811
Rio de Janeiro
Morte 10 de julho de 1882 (70 anos)
Roma
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Médico, professor, diplomata, político, poeta e ensaísta
Magnum opus Suspiros Poéticos e Saudades

Domingos José Gonçalves de Magalhães, primeiro e único barão e depois visconde do Araguaia (Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1811 — Roma, 10 de julho de 1882), foi um médico, professor, diplomata, político, poeta e ensaísta brasileiro, tendo participado de missões diplomáticas na França, Itália, Vaticano, Argentina, Uruguai e Paraguai, além de ter representado a província do Rio Grande do Sul na sexta Assembleia Geral.

Filho de Pedro Gonçalves de Magalhães Chaves.

Morreu em Roma, onde exercia cargos diplomáticos junto à Santa Sé, no ano de 1882.

Ingressou em 1828 no curso de medicina, diplomando-se em 1832. No mesmo ano estreou com "Poesias" e, no ano seguinte, parte para a Europa, com a intenção de se aperfeiçoar em medicina.

Em 1838 é nomeado professor de Filosofia do Colégio Pedro II, tendo lecionado por pouco tempo.

De 1838 a 1841 foi secretário de Caxias no Maranhão e de 1842 a 1846 no Rio Grande do Sul. Em 1847 entrou para a carreira diplomática brasileira. Foi Encarregado de Negócios nas Duas Sicílias, no Piemonte, na Rússia e na Espanha; ministro residente na Áustria; ministro dos Estados Unidos, Argentina e na Santa Sé, onde morreu.

Títulos nobiliárquicos e honrarias
Comendador da Imperial Ordem de Cristo e da Ordem de São Francisco I de Nápoles, dignitário da Imperial Ordem da Rosa e oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro.

Barão do Araguaia
Título conferido por decreto imperial em 17 de julho de 1872. Faz referência ao rio Araguaia, que em tupi significa rio do vale dos papagaios.

Visconde do Araguaia
Título conferido por decreto imperial em 12 de agosto de 1874.


Foi pai de Antônio José Gonçalves de Magalhães de Araguaia, nascido cerca de 1858, que recebeu o título de "Conde de Araguaia", concedido pela Santa Sé[1].

Gonçalves de Magalhães e o Romantismo
Recém-formado em Medicina, viaja para a Europa, onde entra em contato com as ideias românticas, fator essencial para a introdução do movimento no Brasil.

Sua importância está no fato de ter sido o introdutor do Romantismo no Brasil, não obstante suas obras serem consideradas fracas pela crítica literária. Embora fosse voltado para a poesia religiosa, como fica claro em Suspiros poéticos e saudades, também cultivou a poesia indianista de caráter nacionalista, como no poema épico A Confederação dos Tamoios (esta obra lhe valeu agitada polêmica com José de Alencar, relativa à visão de cada autor sobre o índio), ambas bastante fantasiosas.

Em contato com o romantismo francês, publicou em 1836 seu livro "Suspiros poéticos e saudades", cujo prefácio valeu como manifesto para o Romantismo brasileiro, sendo por isso considerado o iniciador dessa escola literária no país. Em parceria com Araújo Porto-Alegre e Torres Homem, lançou a revista "Niterói", no mesmo ano. Introduziu ali seus principais temas poéticos: as impressões dos lugares que passou, cidades tradicionais, monumentos históricos, sugestões do passado, impressões da natureza associada ao sentimento de Deus, reflexões sobre o destino de sua Pátria, sobre as paixões humanas e o efêmero da vida. Ele reafirma, dentro de um ideal religioso, que a poesia tem finalidade moralizante, capaz de ser instrumento de elevação e dignificação do ser humano, condenando o estilo mitológico.

Ao retornar ao Brasil, em 1837, é aclamado chefe da "nova escola" e volta-se para a produção teatral, que então era renovada com a produção de Martins Pena e os desempenhos de João Caetano. Escreve duas tragédias: "Antônio José" ou "O poeta e a Inquisição" (1838) e "Olgiato" (1839).

Apesar de suas ideias, várias vezes as traiu por conta de sua formação neoclássica. O poema épico "Confederação dos Tamoios" foi escrito nos moldes de O Uraguai, retornando assim ao arcadismo. Esse fato gerou grande polêmica, tendo sido atacado por José de Alencar e defendido por Monte Alverne e pelo imperador Dom Pedro II.

Psychologia e Physiologia
Segundo Massimi ,[2] D. Magalhães foi um dos precursores do ensino da psicologia no Brasil, quando essa ciência ainda se iniciava transitando entre os estudos parapsicológicos e psicopatológicos. Professor do curso “Lições de Philosophie” (1837) do Colégio Imperial Pedro II com dois livros publicados sobre o tema: “Os fatos do espírito humano” (1865) e “A alma e o cérebro, estudos de Psychologia e Physiologia” (1876), ainda segundo essa autora exemplares típicos da influência francesa de filosofia espiritualista.

No ano anterior 1875 uma tese sobre o mesmo tema foi examinada pela banca e sumariamente recusada trata-se da tese de conclusão de curso intitulada Funcções do cérebro de Domingos Guedes Cabral, tal rejeição não foi aceita pelos alunos pois que no ano seguinte imprimiu-se em livro a referida tese vinculada às teorias darwinistas. Apesar de não se ter localizado uma manifestação específica de sua posição quanto a esse acontecimento, como se tem das questões indigenistas e especificamente sobre a “Confederação dos tamoyos” é evidente que se posicionava pela impossibilidade de redução das faculdades intelectuais e morais do homem frente ao conhecimento prévio da natureza e nos animais.

Apesar do seu erro de imaginar que mesmo nas teorias sobre os múltiplos centros de decisão e pensamento de Franz Joseph Gall (1758 —1828), e outros frenologistas se anularia “ser único que em nós pensa, e que repele a anarquia de tantas forças primitivas” e que ao se tomar o estudo dos animais para melhor compreensão dos processos fisiológicos humanos no que concerne ao estudo do cérebro estaríamos negando a especificidade da consciência tida como identidade do “eu”, e ação da vontade e força motriz vital Magalhães primava pelo estudo da moral e da sociedade. A psicologia, entendida como o estudo filosófico do conhecimento do homem, e a fisiologia, o seu estudo orgânico hierarquicamente subordinados A seu ver, a frenologia endossava as teorias fatalistas, contra o livre-arbítrio, onde o homem estaria submetido “ao império do destino”, “que ora o fixa ao escolho como uma ostra inerte, ora o eleva em turbilhão como a poeira”[3]

Massimi ,[4] analizando o processo de substituição do conceito de "Alma" pelo estudo do "Eu", proposta pelos espiritualistas em refutação à impossibilidade de conhecer a subjetividade identificada por téoricos organicistas, destaca a posição de Gonçalves de Magalhães de deixar de lado as causas ocultas dos fenômenos internos da mesma forma que se pode estudar os fenômenos físicos sem entrar na indagação sobre a natureza íntima da matéria.

Obras
Suspiros poéticos e saudades (1836) - Considerada a obra inaugural do romantismo brasileiro
Antônio José ou O poeta e a Inquisição (1839)
A Confederação dos Tamoios, poema épico (1857)
Os Mistérios (1857)
Fatos do Espírito Humano, tratado filosófico (1858)
Urânia, poesias (1862)
Cânticos fúnebres, poesias (1864)
“Os fatos do espírito humano” (1865)
A alma e o cérebro, ensaios (1876)
Comentários e pensamentos (1880)
[editar] Ligações externas
Perfil no sítio da Academia Brasileira de Letras
Suspiros Poéticos e Saudades



Precedido por
— ABL - patrono da cadeira 9
Sucedido por
Carlos Magalhães de Azeredo
(fundador)

Referências
1.↑ Carlos Eduardo de Almeida Barata. Subsídios para um Catálogo dos Títulos de Nobreza concedidos pela Santa Sé aos Brasileiros. Colégio Brasileiro de Genealogia - Arquivos Genealógicos. Página visitada em 2010-06-29.
2.↑ MASSIMI, Marina. História da psicologia Brasileira da época colônia até 1934. SP, EPU, 1990
3.↑ MAGALHÃES, Domingos José Gonçalves de. A alma e o cérebro: estudos de psicologia e fisiologia. Roma: Typographia Fratelli Pallotta, 1876, p. 15. apud: KODAMA Kaori. Um discurso sobre ciência, religião e liberdade no Segundo Reinado: A Alma e o Cérebro, de Gonçalves de Magalhães. Revista da SBHC, RJ, v. 3, n. 2, p. 146-155, jul.-dez. 2005 Disponível em .pdf
4.↑ MASSIMI, oc. p.47


http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_de_Magalh%C3%A3es


A Beleza


Oh Beleza! Oh potência invencível,

Que na terra despótica imperas;

Se vibras teus olhos

Quais duas esferas,

Quem resiste a teu fogo terrível?





Oh Beleza! Oh celeste harmonia,

Doce aroma, que as almas fascina;

Se exalas suave

Tua voz divina,

Tudo, tudo a teus pés se extasia.





A velhice, do mundo cansada,

A teu mando resiste somente;

Porém que te importa

A voz impotente,

Que se perde, sem ser escutada?





Diga embora que o teu juramento

Não merece a menor confiança;

Que a tua firmeza

Está só na mudança;

Que os teus votos são folhas ao vento.





Tudo sei; mas se tu te mostrares

Ante mim como um astro radiante,

De tudo esquecido,

Nesse mesmo instante,

Farei tudo o que tu me ordenares.





Se até hoje remisso não arde

Em teu fogo amoroso meu peito,

De estóica dureza

Não é isto efeito;

Teu vassalo serei cedo ou tarde.





Infeliz tenho sido até agora,

Que a meus olhos te mostras severa;

Nem gozo a ventura,

Que goza uma fera;

Entretanto ninguém mais te adora.





Eu te adoro como o anjo celeste,

Que da vida os tormentos acalma;

Oh vida da vida,

Oh alma desta alma,

Um teu riso sequer me não deste!





Minha lira que triste ressoa,

Minha lira por ti desprezada,

Assim mesmo triste,

Assim malfadada,

Teu poder, teus encantos pregoa.





Oh Beleza, meus dias bafeja,

Em teu fogo minha alma devora;

Verás de que modo

Meu peito te adora,

E que incenso ofertar-te deseja.



http://www.revista.agulha.nom.br/maga03.html






venerdì 23 luglio 2010

F



Edson e Hudson
Composição: Edson / Henrique Marx / Maurício Gaetani
Fala que entendi errado
Que não teve
A intenção de terminar
Fala que foi sem querer
Foi da boca prá fora
Um ato sem pensar...

Fala que ainda guarda dentro
Do fundo do peito
Uma louca paixão
Fala que ainda me ama
E não é ninguém
Sem o meu coração...

Fala!
Eu vou entender
Que bateu solidão
Que só pensa em me ver
Fala amor!
Eu preciso ouvir de você
Que ainda me quer
Que foi um mal entendido
Entre um homem
E uma mulher...

Fala que entendi errado
Que não teve
A intenção de terminar
Fala que foi sem querer
Foi da boca pra fora
Um ato sem pensar...

Fala que ainda guarda dentro
Do fundo do peito
Uma louca paixão
Fala que ainda me ama
E não é ninguém
Sem o meu coração...

Fala!
Eu vou entender
Que bateu solidão
Que só pensa em me ver
Fala amor!
Eu preciso ouvir de você
Que ainda me quer
Que foi um mal entendido
Entre um homem
E uma mulher...(2x)

http://letras.terra.com.br/edson-e-hudson/1102114/

Frederico Barbosa


Frederico Barbosa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Frederico Barbosa (Recife, 20 de fevereiro de 1961) é um poeta e crítico literário brasileiro.

Locais de residência
Quando Barbosa tinha seis anos de idade mudou com a sua família para São Paulo, onde vive atualmente. Ele já morou algumas vezes nos Estados Unidos da América, em New Haven, Connecticut, Cambridge, Massachusetts e Austin, Texas.

Educação
Barbosa se formou em Física e Grego pela Universidade de São Paulo, onde se especializou em Língua portuguesa, Literatura brasileira e portuguesa.

Carreira
Crítico literário do Jornal da Tarde e Folha de São Paulo por alguns anos, atualmente diretor executivo da Poiesis – Associação dos Amigos da Casa das Rosas, da Língua e da Literatura, organização responsável pela administração da Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, do Museu da Língua Portuguesa, da Casa Guilherme de Almeida e do Programa São Paulo: Um Estado de Leitores.

Trabalhos
Seus poemas têm sido publicados em vários jornais do Brasil. Seu primeiro livro, Rarefato (1990), foi escolhido pelos jornais O Estado de São Paulo e O Estado de Minas (Belo Horizonte) como um dos melhores livros publicados no país naquele ano.

Seu segundo livro, Nada Feito Nada (1993), editado por Haroldo de Campos, ganhou um dos mais importantes prêmios de literatura do país, o Prêmio Jabuti.

Em 2000, Frederico Barbosa publicou Cinco Séculos de Poesia - Antologia de Poemas Clássicos Brasileiros e Contracorrente - poemas. Em 2001 Frederico Barbosa publicou uma edição anotada dos episódios Inês de Castro e O Velho do Restelo, de Os Lusíadas, de Luís de Camões e lançou seu quarto livro de poesias, Louco no Oco sem Beiras - Anatomia da Depressão.

Em 2002 Frederico Barbosa publicou, com Claudio Daniel, uma antologia de poemas contemporâneos brasileiros, Na Virada do Século - Poesia de Invenção no Brasil (Landy Editora) e lançou seu quinto livro de poesias, Cantar de amor entre os escombros, também pela Landy. Por esta editora, ele criou e edita a coleção Alguidar. Em 2004 publicou A Consciência do Zero e ganhou o seu segundo Prêmio Jabuti com Brasibraseiro.

Recentemente, seus poemas têm sido traduzidos e publicados em antologias em diversos países, como os Estados Unidos da América, Austrália, México, Espanha e Colômbia.

Bibliografia
Poesia
Rarefato (São Paulo, Iluminuras, 1990)
Nada Feito Nada (São Paulo, Perspectiva, 1993)
Contracorrente (São Paulo, Iluminuras, 2000)
Louco no Oco sem Beiras – Anatomia da Depressão (São Paulo, Ateliê Editorial, 2001)
Cantar de Amor entre os Escombros (São Paulo, Landy Editora, 2002)
Brasibraseiro (em parceria com Antonio Risério), (São Paulo, Landy, 2004)
A Consciência do Zero (Rio de Janeiro, Lamparina, 2004)
[editar] Organização de livros de poesia
Cinco Séculos de Poesia – Antologia da Poesia Clássica Brasileira. (São Paulo, Landy Editora, 2000)
Na Virada do Século – Poesia de Invenção no Brasil (em parceria com Claudio Daniel), (São Paulo, Landy Editora, 2002)
Inês de Castro e O Velho do Restelo – Edição comentada dos episódios camonianos (em parceria com Sylmara Beletti), (São Paulo, Landy Editora, 2001)
Clássicos da Poesia Brasileira – Antologia da Poesia Brasileira Anterior ao Modernismo. (São Paulo, Klick Editora/O Estado de São Paulo, 1ª ed. 1997; 2ª ed. 1999; Porto Alegre, Klick Editora/Zero Hora, 1997; Rio de Janeiro, Klick Editora/O Globo, 1997)
Poemas Escolhidos de Fernando Pessoa. (São Paulo, Klick Editora/O Estado de S. Paulo, 1997; Rio de Janeiro: Klick Editora/O Globo, 1997; Porto Alegre, Klick Editora/Zero Hora, 1998)
Sonetos de Luís de Camões. (São Paulo/Porto Alegre, Klick Editora/Zero Hora, 1998).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Frederico_Barbosa

http://fredbar.sites.uol.com.br



Pior do que a morte
para JC


O pior é que dizem: rezou.


Ele que sempre foi contra,
do contra, ateu,
agora que zerou,
creu?


Ele que sabia que a vida é coisa
de sempre não.
Sem fórmulas fáceis,
nem saídas para a dor
de cabeça
de pensar
de ser sem crer.


Ele que sabia que não há aspirina
contra o bolor.


Logo dirão que se inspirou,
e compôs de improviso
um soneto vendido,
dos que sempre enfrentou.
Dirão ainda que se converteu
e defendeu a vida devota,
a pacificação bovina,
a prédica dos pastores.


( Verbo e verba:
pragas velhas. )


E que se arrependeu do pecado
de ser exato, claro e enjoado.


Vida, te escrevo merda.
Às vezes fezes, mas sempre merda.
Fingida flor, feliz cogumelo,
caga e mela.
Sempre severa e cega
merda.


Triste é depender
de relatos carolas,
acadêmicos, cartolas.


Triste é depender
da leitura alheia,
fáceis falácias: farsas.


Triste é depender
dos olhos dos outros,
de voz de falsas sereias.


Triste é não poder mais
se defender.


Mas
um aqui, João,
incerto, grita
e insiste em não crer
na sua crença repentina,
que a morte (sua) desminta a obra (sua) vida.


Um aqui, João,
o tem por certo:
é mais díficil o não
crer, não
ceder, não
descer, não
conceder. Não.


Não, não orou.


Frederico Barbosa
10/10/99


http://www.revista.agulha.nom.br/joao10.html





giovedì 22 luglio 2010

Francisco Otaviano


Francisco Otaviano
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nome completo Francisco Otaviano de Almeida Rosa
Nascimento 26 de junho de 1825
Rio de Janeiro
Morte 28 de junho de 1889 (aos 64 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Advogado, jornalista, diplomata, político e poeta

Francisco Otaviano de Almeida Rosa (Rio de Janeiro, 26 de junho de 1825 — Rio de Janeiro, 28 de junho de 1889) foi um advogado, jornalista, diplomata, político e poeta brasileiro.

Biografia
Foi deputado geral e senador do Império do Brasil de 1867 a 1889.

É patrono da cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras. Foi negociador do Tratado da Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai. [1]

Escreveu o celebre poema:

ILUSÕES DA VIDA

"Quem passou pela vida em branca nuvem,

E em plácido repouso adormeceu;

Quem não sentiu o frio da desgraça,

Quem passou pela vida e não sofreu;

Foi espectro de homem, não foi homem,

Só passou pela vida, não viveu."


http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Otaviano


RECORDAÇÕES
Oh! se te amei! Toda a manhã da vida
Gastei-a em sonhos que de ti falavam!
Nas estrelas do céu via teu rosto,
Ouvia-te nas brisas que passavam:
Oh! se te amei! Do fundo de minh’alma
Imenso, eterno amor te consagrei...
Era um viver em cisma de futuro!
Mulher! oh! se te amei!

Quando um sorriso os lábios te roçava,
Meu Deus! que entusiasmo que sentia!
Láurea coroa de virente rama
Inglório bardo, a fronte me cingia;
À estrela alva, às nuvens do Ocidente,
Em meiga voz teu nome confiei.
Estrela e nuvens bem no seio o guardam;
Mulher! oh! se te amei!

Oh! se te amei! As lágrimas vertidas,
Alta noite por ti; atroz tortura
Do desespero d’alma, e além, no tempo,
Uma vida sumir-se na loucura...
Nem aragem, nem sol, nem céu, nem flores,
Nem a sombra das glórias que sonhei...
Tudo desfez-se em sonhos e quimeras...
Mulher! oh! se te amei!

http://www.revista.agulha.nom.br/fo.html#recordações

Francisco Miguel de Moura



Francisco Miguel de Moura
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Francisco Miguel de Moura, também conhecido como Chico Miguel, (Jenipapeiro, 16 de junho de 1933) é um escritor brasileiro.

Nascido no sertão do Piauí, fez seus estudos primários com seu pai; ginasial e contabilidade, em Picos, onde casou e morou por cerca de oito anos.

Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia, onde morou por alguns anos. Funcionário aposentado do Banco do Brasil. Radialista, professor de língua e literatura, atividades que não mais exerce: dedica-se exclusivamente a ler e escrever.

Contribuições
Colabora nos jornais de seu estado, nas revistas Literatura, de Brasília (hoje editada em Fortaleza), Poesia para todos, do Rio de Janeiro; Presença, de Teresina; é também colaborador permanente dos jornais Correio do Sul, Varginha; Diário dos Açores, dos Açores e O Primeiro de Janeiro (Suplemento Cultural Das artes das Letras), de Porto, ambos em Portugal.

É sócio efetivo da União Brasileira dos Escritores, Academia Piauiense de Letras, e membro-correspondente da Academia Mineira de Letras e da Academia Catarinense de Letras. Por diversos mandatos participou ativamente do Conselho Estadual de Cultura.

Por força de sua atividade como funcionário do Banco do Brasil, morou na Bahia e no Rio de Janeiro, e por último em Teresina, onde concebeu e publicou a maioria de suas obras.

Obras
Poesias
1966 - Areias
Pedra em Sobressalto, 1972;
Universo das Águas, 1979;
Bar Carnaúba, 1983;
Quinteto em mi(m), 1986;
Sonetos da Paixão, 1988;
Poemas Ou/tonais, 1991;
Poemas Traduzidos, 1993;
Poesia in Completa, 1998 (comemorando os 30 anos de tensa comunhão com a palavra, no experiente dizer da Profª Nelly Novaes Coelho);
Vir@, 2001
Sonetos Escolhidos, 2003, na área da poesia.
Participou da antologia A Poesia Piauiense do Século XX, organizada por Assis Brasil, e de outras antologias poéticas publicadas desde o Nordeste até o Rio Grande do Sul, inclusive no exterior (Estados Unidos da América, França, Cuba e Portugal).

Prosa
Os Estigmas (1984, reeditado em 2004);
Laços de Poder (1991);
Ternura (1993)
D. Xicote (2005), com o qual ganhou o prêmio Fontes Ibiapina em 2003, prêmio que, aliás, já lhe tinha sido conferido pela Fundação Cultural do Piauí ao romance Laços de Poder, nos idos de 1980.
[editar] Contos
Praticou também o conto inovador em Eu e meu Amigo Charles Brown (1986), Por que Petrônio não Ganhou o Céu (1999) e Rebelião das Almas, 2001. É cronista (E a Vida se Fez Crônica, 1996) e crítico literário de renome (Linguagem e Comunicação em O. G. Rego de Carvalho, 1972/1997, 1ª e 2ª edição, respectivamente, A Poesia Social de Castro Alves, 1979) e Moura Lima: Do Romance ao Conto, 2002), tendo recebido prêmios em todos os gêneros literários que pratica.

Além desses, devem ser considerados na mesma área Piauí: Terra, História e Literatura (1980), Literatura do Piauí (2001) e uma biografia de seu pai, Miguel Guarani, Mestre e Violeiro, publicada em 2005.

A obra de Francisco Miguel de Moura recebeu manifestação da crítica, vinda de escritores de todo o país, inclusive críticos literários como Fábio Lucas, Nelly Novaes Coelho, Rejane Machado, cujo material está sendo reunido em dois volumes: Um Canto de Amor à Terra e ao Homem e Fortuna Crítica.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Miguel_de_Moura

http://franciscomigueldemoura.blogspot.com


Anjo bom/anjo mau


Tudo o que te veste
me devasta.
E assim me anima.
O branco sobre preto
o róseo, o verde, o encarnado.


A pele de tão fina, afina
e anseia desvestir-se
meio a meio,
- o vento já se inclina.


Anjo, meu, ao contrário
que subiu do inferno
para trazer-me o céu
pecado...
No teu passeio lindo
sobre a terra
de ponte pênsil
duro de medo
eu paro.


http://www.revista.agulha.nom.br/@fma1.html#anjo




mercoledì 21 luglio 2010

Francisco Alvim


Francisco Alvim
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Chico Alvim - Francisco Soares Alvim Neto, ou simplesmente Chico Alvim (Araxá, 1938) é poeta e diplomata brasileiro. Iniciou sua carreira no exterior como secretário da representação do Brasil junto à Unesco, em Paris. Foi cônsul-geral do Brasil em Barcelona (1995-1999) e em Roterdão na Holanda (1999-2003). Atualmente é embaixador na Costa Rica.

Chico Alvim estreou em 1968 com o livro de poema O sol dos cegos, que junto de Antonio Carlos de Brito, o Cacaso, marcava o aparecimento do que José Guilherme Merquior chamou de a primeira geração de poetas “pós-vanguardas”. Entre 1969 e 1971 vive em Paris, onde escreve parte de seu livro Passatempo, lançado em 1974 pela coleção Frenesi, que editou também os livros Grupo Escolar, de Cacaso, Corações veteranos, de Roberto Schwarz, Em busca do sete-estrelo, de Geraldo Carneiro, e Motor, de João Carlos Pádua, livros que compõem a chamada poesia marginal, que ganhou publicidade com a antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda. Em 1978, publica Dia sim, dia não, com Eudoro Augusto, e, em 1981 Festa e lago, montanha, que mantinham a marca da produção independente e artesanal do autor.

Em 1981 a editora Brasiliense reuniu seus livros em Passatempo e outros poemas, com o qual granhou o prêmio Jabuti. Em 1988, lança Poesia reunida, que lhe rendeu outro prêmio Jabuti, e em 2000, Elefante, livros depois reunidos em Poemas (1968-2000).


Em silêncio conversemos

Que fazer deste ser
sem prumo
despencado do extremo de um dia e
que o sono não recolheu?

Não não indaguemos
Para que indagar matéria de silêncio
Procurar a nenhuma razão que nos explique
e suavemente nos envolva
em suas turvas paredes protetoras


Nada de perguntas
A campânula rompeu-se
O instante nos ofusca

A quem sobra olhos resta ver
um ser nu a vida pouca
Só dentes e sapatos
de volta para casa

Nem um passo à frente
ou atrás
De pés firmes
o corpo oscilante
neste suave embalo da mágoa
descansemos

1968 - Sol dos cegos




lunedì 19 luglio 2010

Ferreira Gullar


1930 - No dia 10 de setembro, nasce o poeta Ferreira Gullar, em São Luís, Maranhão. Seu nome, na verdade, é José Ribamar Ferreira, o quarto dos 11 filhos de Alzira Ribeiro Goulart e do comerciante Newton Ferreira.

1943 - Apaixonado por uma menina, Gullar, que tinha o apelido de "Periquito", decide abrir mão de seus dois grandes amigos, "Esmagado" e "Espírito da Garagem da Bosta", e ficar recluso dentro de casa lendo e escrevendo poemas.

1945 - Uma redação sobre o Dia do Trabalho obtém nota nove e a professora diz que só não deu dez porque havia dois erros de português. O menino Gullar acha que descobriu sua vocação e decide estudar português para se tornar escritor. Durante dois anos, só lerá gramáticas. Esta mesma redação será o ponto de partida para o soneto "O trabalho", o primeiro poema de Gullar publicado em jornal.

1948 - Gullar colabora no suplemento literário do "Diário de São Luís".

1949 - "Um pouco acima do chão", seu primeiro livro, é publicado com o apoio do Centro Cultural Gonçalves Dias e com recursos próprios. Mais tarde ele excluiria essa obra da sua bibliografia.

1950 - Gullar vê a polícia matar um operário num comício. Locutor da Rádio Timbira, que era do governo estadual, Gullar nega-se a ler em seu programa uma nota oficial que apontava os comunistas como responsáveis pelo crime. Acaba sendo demitido. No mesmo ano, seu poema "O galo" vence um concurso do "Jornal de letras", cuja comissão julgadora era composta por Manuel Bandeira, Odylo Costa, filho e Willy Lewin.

1951 - Transfere-se para o Rio, adoece de tuberculose, cura-se e passa a trabalhar na revista do Instituto de Aposentadoria dos Comerciários. Torna-se amigo de Mário Pedrosa e dos jovens pintores da época. Começa a escrever sobre arte. Trabalha como revisor de textos na revista "O Cruzeiro".

1954 - Lançado o livro de poemas "A luta corporal", que vinha sendo escrito desde 1950. Seu projeto gráfico inovador rende a Gullar um desentendimento com os tipógrafos. Depois de lerem o livro, os poetas Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari, que viriam a criar o concretismo, decidem conhecê-lo. Gullar vai trabalhar como revisor (e depois redator) na revista "Manchete" e casa-se com a atriz Thereza Aragão, com quem teria os filhos Luciana, Paulo e Marcos.

1955 - Depois de trabalhar como redator no "Diário Carioca", Gullar integra a equipe que elabora o "Suplemento Dominical do Jornal do Brasil" e deflagra a renovação do próprio jornal.

1956 - Em dezembro, Gullar participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, aberta no Museu de Arte Moderna de São Paulo e montada depois no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.

1957 - Por discordar do artigo "Da psicologia da composição à matemática da composição", escrito pelo grupo concretista de São Paulo, Gullar rompe com o movimento.

1958 - Lança o livro "Poemas".

1959 - Gullar escreve o "Manifesto neoconcreto" e a "Teoria do não-objeto", que imprimem um novo rumo à vanguarda brasileira. O manifesto, publicado por ocasião da I Exposição Neoconcreta, foi assinado também por Amílcar de Castro, Aluísio Carvão, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lígia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanúdis.


1961 - Nomeado diretor da Fundação Cultural de Brasília, Gullar começa a ver com outros olhos o experimentalismo que até então marcava sua obra. Começa a construir o Museu de Arte Popular e abandona a vanguarda. Sai da fundação em outubro.

1962 - Ao ingressar no Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gullar assume um trabalho mais engajado politicamente, publicando cordéis inclusive. Trabalha como redator na sucursal carioca de "O Estado de São Paulo", jornal ao qual estaria ligado por quase 30 anos.

1963 - É eleito presidente do CPC.

1964 - Filia-se no dia do golpe militar, 1º de abril, ao Partido Comunista, e a primeira edição de seu ensaio "Cultura posta em questão", publicada no ano anterior, é queimada por militares dentro da sede da UNE. Funda o Grupo Opinião ao lado de Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes, Armando Costa, Thereza Aragão, João das Neves, Denoy de Oliveira e Pichin Pla.

1966 -Escrita em parceria com Oduvaldo Vianna Filho, a peça "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" é encenada no Rio pelo Grupo Opinião e ganha o Molière, o Saci e outros prêmios.

1967 - O Opinião encena outro texto de Gullar, este feito em parceria com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa: "A saída? Onde fica a saída?"

1968 - Sua peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória", escrita com Dias Gomes, é montada pelo Opinião no Rio. Em dezembro é assinado o Ato Institucional nº 5 e Gullar é preso.


1971 - Seu pai morre em São Luís. Após um longo período vivendo na clandestinidade, Gullar parte para o exílio, primeiro em Moscou e depois em Santiago, Lima e Buenos Aires. Enquanto mora fora do país, colabora para "O Pasquim", "Opinião" e outros jornais usando o pseudônimo de Frederico Marques.

1974 - É absolvido pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de pertencer ao Comitê Cultural do Partido Comunista Brasileiro.

1975 - É lançado no Brasil "Dentro da noite veloz", poemas escritos nos últimos 13 anos. Vinicius de Moraes traz de Buenos Aires uma fita cassete em que Gullar diz seu "Poema sujo", e cópias dela passam a ser ouvidas no Rio em audições privadas.

1976 - A editora Civilização Brasileira finalmente publica "Poema sujo", lançado no Rio sem a presença de Gullar. Artistas e intelectuais tentam obter dos militares garantias para que ele possa voltar ao Brasil.

1977 - No dia 10 de março, Gullar volta ao Brasil, mas é preso no dia seguinte pelo Departamento de Polícia Política e Social (ex-Dops), onde é interrogado durante 72 horas e ouve a ameaça de que seu filho Paulo (então em tratamento psiquiátrico) pode ser seqüestrado. Graças ao esforço de amigos, consegue ser libertado e, aos poucos, retoma o trabalho no país. Pela primeira vez, um livro seu é traduzido para outro idioma: "La lucha corporal y otros incendios" é publicado em Caracas.

1979 - Grava o disco "Antologia poética de Ferreira Gullar" pela Som Livre. Estréia "Um rubi no umbigo", primeira peça que escreve individualmente, e começa a trabalhar no núcleo de teledramaturgia da Rede Globo. Ganha o prêmio Personalidade Literária do Ano, da Câmara Brasileira do Livro.


1980 - Saem os livros "Na vertigem do dia", de novos poemas, e "Toda poesia", reunindo toda a sua obra para marcar seus 50 anos. "Poema Sujo" é adaptado para o teatro.

1985 - Gullar ganha o prêmio Molière pela sua tradução de "Cyrano de Bergerac", de Edmond Rostand.

1987 - Lança o livro de poemas "Barulhos".

1988 - Sai o livro de ensaios "Indagações de hoje".


1990 - Lança seu único livro de crônicas, "A estranha vida banal". Morre Marcos, seu filho mais novo.

1992 - Nomeado pelo presidente Itamar Franco diretor do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (Ibac), Gullar, que permaneceria no cargo até 1995, devolve à instituição seu antigo nome, Funarte.

1993 - Provoca polêmica com o livro "Argumentação contra a morte da arte", em que ataca as vanguardas. Morre Thereza Aragão, esposa de Gullar.

1994 - Durante a Feira do Livro de Frankfurt, conhece a poetisa Cláudia Ahimsa, sua atual companheira.

1997 - Gullar publica "Cidades inventadas", ficção.

1998 - Publica "Rabo de foguete - Os anos de exílio", livro de memórias, e é homenageado no 29º Festival Internacional de Poesia de Roterdã, na Holanda.

1999 - Lança o livro "Muitas vozes" e ganha o Prêmio Jabuti na categoria poesia. Obtém também o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional.


2000 - A exposição "Ferreira Gullar 70 anos" é aberta em setembro no Museu de Arte Moderna do Rio para marcar o aniversário do poeta. A editora José Olympio lança a nona edição de "Toda poesia", reunião atualizada de todos os poemas de Gullar. Ele recebe o prêmio Multicultural 2000, do jornal "O Estado de São Paulo". No final do ano, lança "Um gato chamado Gatinho ", 17 poemas sobre seu felino escritos para crianças.

2001 - É publicado na coleção Perfis do Rio “Ferreira Gullar - Entre o espanto e o poema”, de George Moura. A editora Ática reúne crônicas escritas para o “Jornal do Brasil” nos anos 60 no livro “O menino e o arco-íris”. A editora Global lança numa coleção infanto-juvenil “O rei que mora no mar”, poema dos anos 60 de Gullar.

2002 - Nove professores titulares de universidades de Brasil, Portugal e Estados Unidos indicam Ferreira Gullar ao Prêmio Nobel de Literatura. São relançados num só livro, pela editora José Olympio, os ensaios dos anos 60 “Cultura posta em questão” e “Vanguarda e subdesenvolvimento”. Em dezembro o poeta recebe o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, dado a artistas, escritores e instituições culturais de fora da Europa que tenham contribuído para mudar a sociedade, a arte ou a visão cultural de seu país.

2003 - Lança pela Cosac & Naify “Relâmpagos”, reunindo 49 textos curtos sobre artes, abordando obras de Michelangelo, Renoir, Picasso, Calder, Iberê Camargo e muitos outros. Suas traduções e adaptações de “Don Quixote de la Mancha” e “As mil e uma noites” são premiadas, respectivamente, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e pela International Board on Books for Young People.

2004 - Passa a assinar uma coluna semanal de crônicas no caderno Ilustrada, na Folha de São Paulo. Eleito o "Homem de Idéias" do ano pelo Jornal do Brasil.

É lançado na Suécia, pela Bokförlaget Tranan, o "Poema Sujo", traduzido por Ulla Gabrielsson.

2005 - É o ganhador de dois importantes prêmios, o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Ciência e Cultura, na categoria Literatura, e o Prêmio Machado de Assis, a maior honraria da Academia Brasileira de Letras, ambos pelo conjunto da obra. O primeiro oferece R$ 100 mil e o segundo, R$ 75 mil. Publica Dr. Urubu e outras fábulas, livro de poemas para crianças, pela José Olympio, e Melhores crônicas, pela Global Editora, com seleção e prefácio de Augusto Sérgio Bastos.

A Editorial Arte e Literatura lança em Cuba a antologia de poemas de Gullar "Todos te buscam". Também em 2005, pela editora Temps de Cérises, de Paris, é editado o Poema Sujo, em tradução de Jean-Michel Beaudet.

2006 - Em 2006, Bassarai Ediciones, da Espanha, edita o livro de poemas "Barulhos".
Ainda neste ano, é editado pela Imprensa Oficial de São Paulo o livro de crônicas "Resmungos", reunindo textos publicados na Folha de São Paulo e ilustrados por Antônio Henrique Amaral.

2007 - Em 2007 Gullar viaja à Espanha para uma conferência sobre sua poesia e leitura de poemas em Madri e Santiago de Compostela.

Vence o Prêmio Jabuti pelo livro "Resmungos".


http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/biobiblio/index.shtml?biobiblio
Traduzir-se



TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/porelemesmo/traduzir_se.shtml?porelemesmo



Ferreira Gullar
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930) é um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.

Biografia
Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores.

Morando no Rio de Janeiro, irá participar do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.

Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valorizava a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo. Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os CPC's[1].


Prêmios
Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.

Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal "Folha de São Paulo" no ano de 2005. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009[2].

Foi agraciado com o Prémio Camões 2010.[3]

Bibliografia
Poesia
Um pouco acima do chão, 1949
A luta corporal, 1954
Poemas, 1958
João Boa-Morte, cabra marcado para morrer (cordel), 1962
Quem matou Aparecida? (cordel), 1962
A luta corporal e novos poemas, 1966
História de um valente, (cordel; na clandestinidade, como João Salgueiro), 1966
Por você por mim, 1968
Dentro da noite veloz, 1975
Poema sujo, (onde localiza-se a letra de Trenzinho do Caipira) 1976
Na vertigem do dia, 1980
Crime na flora ou Ordem e progresso, 1986
Barulhos, 1987
O formigueiro, 1991
Muitas vozes, 1999
Antologias
Antologia poética, 1977
Toda poesia, 1980
Ferreira Gullar - seleção de Beth Brait, 1981
Os melhores poemas de Ferreira Gullar - seleção de Alfredo Bosi, 1983
Poemas escolhidos, 1989
Contos e crônicas
Gamação, 1996
Cidades inventadas, 1997
Resmungos, 2007
Teatro
Um rubi no umbigo, 1979
Crônicas
A estranha vida banal, 1989
O menino e o arco-íris, 2001
Memórias
Rabo de foguete - Os anos de exílio, 1998
Biografia
Nise da Silveira: uma psiquiatra rebelde, 1996
Ensaios
Teoria do não-objeto, 1959
Cultura posta em questão, 1965
Vanguarda e subdesenvolvimento, 1969
Augusto do Anjos ou Vida e morte nordestina, 1977
Tentativa de compreensão: arte concreta, arte neoconcreta - Uma contribuição brasileira, 1977
Uma luz no chão, 1978
Sobre arte, 1983
Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta, 1985
Indagações de hoje, 1989
Argumentação contra a morte da arte, 1993
O Grupo Frente e a reação neoconcreta, 1998
Cultura posta em questão/Vanguarda e subdesenvolvimento, 2002
Rembrandt, 2002
Relâmpagos, 2003
Televisão
Araponga - 1990/1991 (Rede Globo) - colaborador
Dona Flor e Seus Dois Maridos - 1998 (Rede Globo) - colaborador
Irmãos Coragem - 1995 (Rede Globo) - colaborador
Referências
1.↑ Oliveira Filho, Odil José. Unesp. São Paulo. 18/02/2010.
2.↑ Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009. revistaepoca.globo.com. Página visitada em 20 de dezembro de 2009.
3.↑ G1. "Poeta Ferreira Gullar ganha Prêmio Camões de 2010". . (página da notícia visitada em 31/5/2010)
Ligações externas
Sítio oficial do poeta

http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/

Biografia na página "Releituras"

http://www.releituras.com/fgullar_bio.asp


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferreira_Gullar



Aprendizado



Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.

Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão

que a vida só consome
o que a alimenta.



De Barulhos (1980-1987)



http://www.revista.agulha.nom.br/ferreiragullar.html#aprendizado